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Rafael Westrupp e Emanuel Rego revelam seus planos para o COB

Os integrantes da chapa COB+Forte, respectivamente, candidatos a presidência e vice-presidência, expuseram seus projetos para o esporte olímpico brasileiro

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Rafael Westrupp e Emanuel Rego são os candidatos da chapa COB+Forte (Divulgação)

Nesta segunda-feira (21), os candidatos a presidência do COB (Comitê Olímpico do Brasil), Rafael Westrupp, e a vice-presidência, Emanuel Rego, participaram de uma live no canal do YouTube Olimpiar, página que aborda temas sobre olimpismo. Na entrevista, mediada pela professora Katia Rubio, os integrantes que encabeçam a chapa COB+Forte relevaram seus planos para o esporte olímpico brasileiro

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Questionado sobre o legado olímpico, Rafael Westrupp afirmou que sua proposta principal é mudar a sede da entidade para o Parque Olímpico da Barra, localizado na Barra da Tijuca. “O nosso plano de legado olímpico está pautado em alocar o COB no Parque Olímpico da Barra, oferecer estrutura para as demais 35 Confederações e para a Comissão de Atletas a custo zero, pois já temos o orçamento separado junto a Secretaria Nacional do Esporte, e desenvolver o Centro Olímpico de Fortaleza como um espaço regional para o Norte e o Nordeste”, afirmou.

“No Parque Olímpico da Barra temos um campo de hóquei sobre a grama no qual, em conversas antecipadas com a Secretaria Nacional do Esporte e com o Governo Estadual do Rio de Janeiro, pedimos para que exista a possibilidade da CBHG (Confederação Brasileira de Hóquei Sobre a Grama) usar as instalações e equipamentos esportivos para desenvolvimento de suas atividades”, completou Rafael Westrupp, candidato à presidência do COB.

COB e o desperdício de dinheiro com a sede

Reeleito presidente da CBT (Confederação Brasileira de Tênis) até 2025, Rafael Westrupp enfatizou o desperdício de dinheiro do COB na locação da atual sede. Atualmente, a entidade está sediada na Avenida das Américas, 899, no Rio de Janeiro. “Queremos mudar a sede, que atualmente tem um gasto anual com aluguel de milhões de reais”, declarou.

“Não tem sentido ter sede alugada quando a gente tem um espaço e uma rubrica orçamentária dentro da Secretaria do Esporte para a manutenção e calendário de eventos dentro do Parque Olímpico da Barra”, acrescentou o atual mandatário da CBT, que tem ao seu lado o ex-atleta e campeão olímpico no vôlei de praia Emanuel, que deu sua opinião sobre o uso do legado olímpico.

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“Pensando no legado, um dos pilares de sustentação do nosso programa é fazer parcerias. Fazer com que o COB seja um líder, mas também tenha ao lado as prefeituras, as universidades e o próprio governo federal. Não é só o COB que vai realizar isso. A gente tem que fazer parcerias para que todos possam participar e ajudar na utilização desses locais que já estão disponíveis e não estão sendo totalmente utilizados”, comentou Emanuel Rego.

Além do Parque Olímpico

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Rafael Westrupp e Emanuel Rego foram entrevistados por Katia Rubio (Reprodução/YouTube)

Rafael Westrupp não se restringe apenas ao Parque Olímpico quando fala em utilizar as instalações construídas para a preparação dos atletas visando os Jogos Rio-2016. “Temos mais de 30 pistas de atletismo espalhadas pelo Brasil com investimento de recursos federais e públicos. A gente não pode se se limitar apenas ao Parque Olímpico, mas sim a todas as estruturas e equipamentos em boas condições já existentes”, destacou.

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Para superar o momento de adversidade com o desmonte do esporte nacional, o fim do Ministério do Esporte e a falta de recursos públicos, o candidato da chapa COB+Forte aposta na busca por verba da iniciativa privada. “Nosso projeto principal é profissionalizar a área. Uma vez que, infelizmente, não temos mais o Ministério, o COB tem seu papel ainda mais fundamental de não estar 100% alicerçado nos recursos da Lei Agnelo/Piva”, disse.

“A gente tem de ir ao mercado para buscar recursos da iniciativa privada para que a gente possa dar mais suporte e lastro às Confederações e atletas. E, para que isso aconteça de forma plena, é necessária a profissionalização. Não podemos ter uma área de marketing pautada em assessoria de comunicação e o departamento comercial tem que se profissionalizado para que aja criação de conteúdo do COB”, completou Rafael Westrupp.

Manifestação ou protesto?

No domingo (20), na primeira etapa do Circuito Brasileiro 2020/21 de vôlei de praia, a atleta Carol Solberg conquistou a medalha de bronze. Depois da vitória, a jogadora pegou o microfone e disse: “só para não esquecer: fora, Bolsonaro”, criticando o presidente da República. No fim da tarde, a CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) divulgou nota de repúdio.

Ainda no domingo, a Comissão de Atletas do vôlei de praia, liderada por Emanuel Rego, publicou um comunicado em defesa da postura da CBV. No material divulgado, o órgão se posicionou dizendo que eles lutarão “ao máximo para que este tipo de situação não aconteça novamente”. Na entrevista desta segunda, o ex-atleta e candidato a vice-presidência pela chapa COB+Forte foi perguntado sobre o tema e explicou sua posição.

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“Estamos em um momento que temos a liberdade democrática para ouvir todas as mensagens com relação ao desejo de exposição das ideias pessoais. Mas, dentro da Comissão de Atletas, seguimos os regimentos que são impostos pela CBV e também dos regulamentos externos, como do COI (Comitê Olímpico Internacional). Dentro do código de ética da CBV diz que temos que prevenir e desencorajar movimentos que possam ser considerado protesto políticos e religiosos”, comentou.

“Sendo assim, esse foi o posicionamento que tivemos. Dentro das competições nacionais, tanto vôlei quanto vôlei de praia, nós temos que desencorajar esse tipo de ato quando feito em formato de protesto. Acho que as mensagens podem ser passadas de forma tranquila e de forma ideal como todo mundo quer no momento atual. O que nós rejeitamos um pouco é esse o lado do protesto”, concluiu Emanuel Rego.

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