Coluna Diário Esportivo,publicada na edição de 19 de junho de 2009
Entre sorrisos e aplausos, os integrantes da candidatura do Rio para a disputa da sede das Olimpíadas de 2016 deixaram confiantes a sede do COI (Comitê Olímpico Internacional), em Lausanne, na Suíça, após a sabatina realizada na última quarta-feira com os membros eleitores da entidade, junto com as outras três cidades candidatas. Serão estes eleitores que em setembro votarão na escolha da cidade que acolherá a 31 edição dos Jogos Olímpicos.
Para os representantes brasileiros, que contaram com um inflamado discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dias antes em defesa da proposta carioca e também com os dados positivos da economia nacional exibidos pelo presidente do Banco Central, Henrique Meireles, o saldo da sabatina foi extremamente positivo. Esta impressão foi justificada pelo fato de não ter sido feita nenhuma pergunta sobre o crítico problema da falta de segurança na capital carioca, além de alguns aplausos ao presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, quando ele mostrou um mapa-múndi apontando todas as sedes olímpicas da história e destacando que a América do Sul nunca recebeu o evento.
O problema é que a lógica do COI não funciona através de simpatia. Sites especializados em analisar candidaturas olímpicas apontam que cresceu muito a força de Chicago, graças ao apoio do presidente americano Barack Obama. Outros garantem que Madri está forte pelo lobby do ex-presidente do COI, Juan Samaranch. Há uma bela distância entre o otimismo tolo e a dura realidade.
A coluna Diário Esportivo, assinada por este blogueiro, é publicada todas às sextas-feiras no Diário de S. Paulo