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O pensamento vivo do COB

Pérolas da entrevista de Marcus Vinícius Freire, superintendente executivo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) ao Diário Lance! do último domingo…

“O Brasil tem 54 campeões olímpicos e se tirar os do vôlei sobram 30. Nenhum deles participou do Confao. E desse total, só tem um atleta atualmente, que é o nadador César Cielo, no Pinheiros. Mesmo assim é só 50%, porque metade do ano ele treina nos EUA”

“Vai dividir os 30% igualmente entre 14 mil clubes do Brasil? Vai dar R$ 40 para cada um. E o dinheiro vai para onde? O COB repassará? Clube que não tem certidões negativas de débito pode receber? São várias as perguntas que ainda não têm respostas.”

“O COB não pode colocar patrocínio em suas camisas. Mas o clube pode. Eles têm placas para negociar. E eu, o COB, não. Não tenho campeonatos para negociar, não tenho ginásio e não tenho atleta. É muito mais fácil uma montadora de carros ou um banco patrocinar um clube do que a nós.”

“As ações esportivas do nosso lado vão ser diminuídas (se os clubes conseguirem a divisão da Lei Piva). Só vou esperar que os clubes façam algo muito bem feito para compensar. Por exemplo, o Diego (Hypólito, ginasta) tem planejado para esse ano ir a quatro etapas da Copa do Mundo de ginástica. Se perdemos parte do dinheiro da Lei Piva, ele irá a duas. O técnico dinamarquês contratado para o handebol terá o contrato cancelado. Tomara que os clubes saibam como resolver a questão.”

“É uma mudança brusca de rumo sem planejamento. O estrago na pizza será grande e não traz benefício algum. Em que os clubes vão se beneficiar? Vão pegar os seus atletas olímpicos e vão dar viagens?”

“O número (R$ 25 milhões para a estrutura administrativa do COB) é grande porque precisamos ter uma estrutura importante de RH, suprimentos, entre outros. É preciso ter uma estrutura cavalar, mas, percentualmente, o número é pequeno. Pegue o balanço de uma empresa multinacional ou de um banco e verá que os números dos gastos administrativos do COB, percentualmente, são um sonho de consumo.”

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