Na última segunda-feira, em nota distribuída à imprensa, o COB fez questão de mostrar algumas das ações que realiza, em conjunto com as confederações, graças aos recursos provenientes da Lei Piva. A entidade listou, por exemplo, a contratação de técnicos estrangeiros, aquisição de equipamentos e materiais esportivos importados, manutenção de centros de treinamento, qualificação dos treinadores brasileiros e participação em competições internacionais. Por fim ressalta que embora importantes, os recursos da Lei Piva são insuficientes, correspondendo a somente 1/3 das necessidades do esporte olímpico brasileiro.
Muito bem. Só que quando nos deparamos com alguns números apresentados pelo Confao, em relação ao trabalho desenvolvido pelos clubes, podemos perceber que alguma coisa está um pouco fora da ordem:
– 77% da delegação brasileira que esteve presente em Pequim era ligada aos clubes (213 de 277 atletas);
– Os oito clubes fundadores do Confao tinham em Pequim 54 atletas;
– De acordo com dados do IBGE, existem no Brasil cerca de 14.000 clubes registrados, que juntos reúnem 53 milhões de associados;
– Só para 2009, o Pinheiros pagará, entre taxas de inscrição de atletas e para as respectivas federações e confederações cerca de R$ 800 mil