PARIS – A quinta-feira começou com muita chuva e uma grande disputa no ciclismo de estrada nos Jogos Paralímpicos de 2024. A brasileira Jady Malavezzi lutava firme por medalha até os últimos quilômetros no percurso da classe H1-4, mas terminou a competição em 6º lugar. A compatriota Mariana Garcia também completou a prova, mas ficou com a 14ª colocação.
Logo após a chegada, Jady contou ao Olimpíada Todo Dia que seu pneu furou na última parte do percurso, quando ela tinha conseguido se colocar no pelotão de frente (sem contar a líder) e na disputa medalhas de prata e bronze após prova de recuperação.
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“Eu larguei numa posição muito ruim, não sei qual foi a regra que aplicaram para fazer a chamada, fui praticamente a última. Entrei nas curvas todas muito atrás, numa dessas as outras competidoras descolaram. Tive que trabalhar muito para buscar, faltando uns 8 km para a chegada meu pneu furou. O líquido que a gente coloca segurou bem, mas faz diferença nesse momento, com certeza. A estratégia era sobreviver e conseguir estar no pelotão. Eu consegui, mas depois na subida elas abriram. É bastante frustrante. O trabalho foi impecável, é esporte de alto rendimento”.
A brasileira não conteve as lágrimas ao refletir sobre o resultado diferente de seu objetivo: “Foi muito difícil. Era um sonho muito grande, foi muito trabalho. É difícil demais falar agora. Eu sabia que seria muito disputado, mas a gente trabalhou para estar no pódio.
A PROVA
O dia começou bagunçando o planejamento dos atletas. A largada da prova, que estava marcada para 4h35 (de Brasília) foi atrasada em uma hora por conta da forte chuva que caia. Mesmo com muita água caindo, às 5h35 as ciclistas foram para a rua.
“Com o tempo como estava, a estratégia era sobreviver”, analisou Jady após a prova.
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Durante a primeira de duas voltas no trajeto, a chuva finalmente começou a diminuir. Ao chegar à metade da prova, a favorita Lauren Parker, da Austrália, já havia disparado e aberto 1:28 minuto para a segunda colocada, a holandesa Jennette Jansen. Jady Malavazzi fechou a primeira parcial em 5ª, lado a lado com a austríaca Svetlana Moshkovich, a 4ª, e 25 segundos atrás de Annika Zeyen-Giles, da Alemanha, que passou em 3ª.
Na segunda metade, a disputa se acirrou muito. A disputa por centímetros deixou de ser entre Brasil e Áustria pelo 4º lugar e se tornou um bolo de seis que buscavam duas medalhas, já que a australiana já tinha ido embora. Holanda, Alemanha, Itália, França, Brasil e Austria sonhavam com o pódio até a reta final, mas apenas as duas primeiras comemoraram.
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No fim, Lauren Parker (AUS) foi ouro com 52:04, Jannette Jansen (HOL) prata com 56:15, mesmo tempo de Annika Zeyen-Giles (ALE), bronze. A italiana passou em 4º, quatro segundos atrás, e mais quatro segundos depois veio a francesa. Jady ficou para trás após o pneu furar e a subida, acabando em 6º, ainda cinco segundos antes da austríaca.
As condições climáticas e o atraso também forçaram mudanças em algumas provas. Disputas que eram previstas para ter mais voltas foram reduzidas, o que não aconteceu com prova de 28,4 km de duração por já ter apenas duas de 14,2 km.
NA TRAVE DE NOVO
A prova das brasileiras nesta quinta-feira foi a segunda do segundo dia de competição na modalidade. Na véspera, as duas já haviam competido no ciclismo de estrada na prova de contrarrelógio, com Jady quase conseguindo um pódio, na 4ª posição, e Mariana terminando em 8ª.