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Ciclismo BMX

Inspirado em Diego Hypolito, Rezende busca vaga olímpica

Depois de duas participações olímpicas que não foram do jeito que ele imaginava, Renato Rezende vai em busca do sonho de disputar em Tóquio 2020 sua terceira olimpíada e usa como inspiração a história do ginasta Diego Hypolito, que falhou em 2008 e 2012, mas conquistou a medalha de bronze em 2016

Santiago Del Estero, na Argentina, será sede neste fim de semana de duas etapas da Copa do Mundo de ciclismo BMX. As duas competições marcam o início do ranking olímpico, que vai definir os atletas que vão disputar os Jogos de Tóquio em 2020. Representante brasileiro na modalidade em Londres 2012 e no Rio 2016, Renato Rezende começa a busca por sua terceira Olimpíada, inspirado no ginasta Diego Hypolito.

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A comparação com Diego Hypolito, que chegou como favorito aos Jogos de Pequim e Londres, mas falhou ao cair nas final de 2008 e nas eliminatórias de 2012, é causada pelo fato das duas participações de Renato Rezende não terem acontecido da maneira como ele queria. Com azares como pneus furados e quedas, o brasileiro não conseguiu mostrar todo seu talento nem em Londres e nem no Rio de Janeiro.

Para dar a volta por cima e repetir a história de Diego Hypolito, Renato Rezende precisa primeiro buscar novamente uma vaga olímpica. Depois de uma queda em que machucou com gravidade a coxa na final do Campeonato Pan-Americano de 2018, o ciclista não estará na Argentina no melhor da sua forma, mas promete dedicação máxima para alcançar o melhor resultado possível e somar pontos importantes para a corrida até Tóquio.

Nas duas etapas de Santiago Del Estero, Renato Rezende terá companhia de Bruno Cogo, no masculino, e Priscila Stevaux e Paola Reis, no feminino. O desfalque será Anderson Ezequiel, o Andinho, que é o brasileiro com melhor desempenho em 2018. Campeão pan-americano, o ciclista conseguiu o feito de ganhar a medalha de bronze no Mundial, disputado no Azerbaijão. Por um lado, a concorrência entre os brasileiros aumentou, mas, por outro, se ambos acumularem bons resultados ao logo do período de classificação olímpica, o Brasil pode conseguir, pela primeira vez, garantir dois atletas numa Olimpíada.

Serão 24 vagas olímpicas para homens e mais 24 para mulheres em Tóquio. Mas a classificação não é por atleta e sim por país. As duas nações melhor colocadas no ranking mundial classificam três ciclistas, da terceira à quinta colocada, dois, e da sexta à 11ª, um. As seis vagas restantes serão distribuídas para os três atletas melhor ranqueados e aos dois melhores no Mundial de 2020, desde que não estejam entre os 18 que se classificaram pelo ranking de países, e, por fim, uma vaga para o país-sede.

Uma vez garantido em Tóquio, Renato Rezende vai brigar bateria por bateria para chegar até a final. Uma vez garantido entre os finalistas tudo pode acontecer. O BMX é extremamente imprevisível. Nem sempre, o favorito ganha. O imponderável conta muito. Um pneu furado, uma falha mecânica ou uma queda pode mudar tudo. Quem sabe, em 2020, o imponderável possa estar ao lado de Renato como esteve ao lado de Diego Hypólito em 2016.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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