Aos 24 anos, Anderson Ezequiel, o Andinho, aparece hoje como uma das estrelas mundiais do ciclismo BMX mundial. Dono de uma medalha de bronze inédita em campeonatos mundiais, o jovem ciclista segue treinando a todo vapor nos Estados Unidos na briga por uma vaga olímpica.
Em live realizada na noite desta sexta-feira (31) no Instagram do Olimpíada Todo Dia, Andinho relembrou a histórica medalha de bronze conquistada no Mundial de 2018, realizado no Azerbaijão. A medalha foi a primeira do país em competições deste nível.
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“A prova foi uma superação. A gente iria competir no sábado e no domingo. Mas por conta do vento forte, foi tudo feito no domingo. Então foi extremamente cansativo. Lembro que logo após as classificatórias eu ter sentido câimbras. Mas a vontade de estar numa final era tanta que eu consegui superar e conquistar a medalha de bronze”, relembrou o atleta.
Além da medalha histórica, o ciclista também relembrou durante transmissão da prata conquistada no ano passado nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Segundo Andinho, a conquista realizada na capital peruana acabou não trazendo tantos reflexos positivos quanto imagina a que terá caso consiga a sua vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio.
“É uma medalha muito importante. Me trouxe bastante reconhecimento na mídia. Mas não mudou tanta coisa em relação a reconhecimento. Imagino que uma Olimpíada tem um peso diferente nesse sentido. Tem um valor e um peso muito maior”, avaliou.
Confira a live completa
Na luta pela vaga olímpica
E para conseguir chegar na Olimpíada marcada para a capital japonesa no ano que vem, Andinho precisará suar a camisa. De acordo com o ranking olímpico do BMX, o Brasil, atualmente, ocupa a décima posição no masculino. Com isso, o país tem direito a um atleta classificado para os Jogos de Tóquio.
No atual cenário, Renato Rezende aparece como o brasileiro melhor colocado no ranking e é o atual detentor da vaga. Para conseguir se classificar, Anderson Ezequiel precisa retirar uma diferença de 172 pontos nas quatro etapas mundiais do ano que vem, que darão pontos de classificação.
Grata surpresa brasileira no BMX, Andinho começou a competir com mais frequência internacionalmente em 2017 e começou o obter grande destaque já no ano seguinte. No entanto, mesmo sendo o atleta com os resultados mais importantes durante o ciclo, o seu início tardio e algumas escolhas acabam dificultando a sua situação.
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“Quando o ranking começou, eu não tinha a pretensão de competir os Jogos Olímpicos. Meu foco era competir as grandes competições e ligas aqui dos Estados Unidos e do mundo. Então isso fez com que eu nunca competisse em torneios com menos concorrentes, ou de um nível um pouco menor, o que me fez não somar alguns pontos importantes”, avaliou o atleta.
Estratégia mudada
No entanto, mesmo hoje com o foco estabelecido para o carimbo do seu passaporte, o atleta tem trabalhado para que esse objetivo não acabe se tornando uma obsessão negativa.
“O meu erro no começo do ano, nas primeiras etapas da Copa do Mundo antes da pandemia, foi que eu entrei com a cabeça tão focada em conquistar os pontos pra Olimpíada que acabei performando mal e isso me dificultou ainda mais”, declarou o ciclista.
Hoje, mesmo com o objetivo claro na cabeça, Andinho decidiu mudar a sua estratégia. Atualmente, o atleta visa conseguir as melhores performances e resultados possíveis e espera ter a vaga olímpica como consequência no final de tudo. Para atingir essas grandes performances e resultados, Andinho segue treinando firme e forte nos Estados Unidos, onde reside e treina desde 2017, mesmo no período de quarentena causada pela pandemia do coronavírus.
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“Eu e o meu treinador temos uma estrutura muito boa aqui em casa, então a gente não precisa nem sair pra treinar. Temos uma academia aqui com todos os equipamentos que precisamos. E as pistas aqui da Flórida continuaram abertas para sessões reservadas. Então eu não precisei parar por quase nenhum momento e consegui manter um ritmo bom ”, declarou o ciclista.