Em dia com bom desempenho e sem problema mecânico, Raiza Goulão e Margot Moschetti diminuem distância para as quinta e sexta colocadas.
A segunda etapa da principal competição de ultramaratona do mundo, a Cape Epic, foi bastante produtiva para as ciclistas Raiza Goulão (PMRA Racing Team) e Margot Moschetti. No terceiro dia de provas da competição realizada na província de Western Cape, na África do Sul, a parceria franco-brasileira conseguiu completar a disputa na quinta colocação. Diferentemente do dia anterior, Raiza e Margot não perderam nenhum tempo com problemas mecânicos para superar os 106 km com altimetria de 2.000 m em 4h56min45.
“Definimos uma estrategia e conseguimos cumpri-la, sem contar com imprevistos. Foi uma prova redonda em que pudemos andar mais tempo com o grupo de frente. No entanto, tivemos uma parte técnica em que alguns atletas de outras categorias acabaram descendo da bike para empurrar e a Margot ficou atrás deles. Neste momento perdemos contato com o grupo de líderes e em uma corrida como esta, 10, 20 segundos que você perde das líderes, fica impossível de recuperar”, avaliou Raiza Goulão.
A vitória do dia mais uma vez foi das líderes Annika Langvad (DIN) e Kate Courtney (EUA). Com o top 5 alcançado, Raiza e Margot recuperaram aproximadamente três minutos da dupla que ocupa neste momento a quinta posição, agora a 13min20 de Carmen Buchacher (AUT) e Samantha Sanders (RSA), e quase seis minutos de Candice Lill (RSA) e Amy Beth Mcdougall (RSA), sexta colocadas, com 11min22 segundos à frente da brasileira e da francesa.
“Fiquei bem feliz neste terceiro dia de competições porque senti que eu conseguiria manter o ritmo das adversárias que terminaram no top 3. A estratégia, bem sucedida, era ajudar ao máximo minha companheira. Com os dados do meu potenciômetro consegui visualizar no meu Garmin a nossa potência e ver qual o ritmo que a Margot conseguiria sustentar durante as cinco horas de corrida. Assim, ela se desgastou menos do que no dia anterior. Agora é hora de pensar nas próximas etapas, sempre se poupando e gastando mais energia nas horas certas”, disse a brasileira.
Após três corridas, restam outras cinco pela frente, até o domingo (25), dia da decisão. Nesta quarta-feira (21), com largada às 7h (2h da manhã no horário de Brasília) é hora de sair de Robertson e ir para Worcester, na prova mais longa das oito da Cape Epic: 122 km e 1.800 m de altimetria acumulada. No dia seguinte, com início e término no mesmo local, será vez da etapa Rainha, com 111 km e mais outros 1.800 m de altimetria no total. As três etapas decisivas terão suas chegadas em Val de Vie, terceiro e último acampamento da ultramaratona, com um contrarrelógio de 34 km e 1.430 m de ascensão, e etapas decisivas com 76 km e 70 km, com altimetrias de 2.000 m.