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Ciclismo Mountain Bike

Avancini e Raiza vencem Copa Internacional de MTB em Araxá

Henrique Avancini e Raiza Goulão são campeões do XCO na Copa Internacional de ciclismo mountain bike em Araxá (MG)

henrique avancini pódio CIMTB Araxá
Henrique Avancini no centro do pódio da prova de Cross Country em Araxá (Cesar Delong/CIMTB)

Neste domingo (26), foram realizadas as provas do cross-country olímpico na etapa de Araxá (MG) da Copa Internacional de ciclismo mountain bike. Henrique Avancini foi o campeão da disputa masculina e Raiza Goulão ficou com a medalha de ouro no feminino. Ambos haviam vencido o short track no sábado (25).

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Na final masculina, Henrique Avancini ficou no pelotão dos líderes desde o início. Na última volta, ele começou abrir vantagem para os adversários, para vencer com um tempo de 1h25min46s42. José Almeida ficou em segundo lugar com 1h27min01s49. Guilherme Muller completou o pódio com 1h27min33s11.

Henrique Avancini Araxá
(Alemão Silva/CBMM)

“Hoje venci pela nona vez consecutiva na elite em Araxá. Isso é bem difícil, é um feito que me orgulho bastante. Já tive grandes disputas aqui Catriel Soto (ARG), David Rosa (POR), Michael Lami (SVK), Hans Becking (HOL), Cocuzzi, José Gabriel, Leonardo Paez (COL)… Enfim, foram tantas grandes disputas aqui e sempre consegui de alguma forma tirar forças para conseguir a vitória. Às vezes me sentindo muito bem, outras não tão em boa forma. Já competi doente. Mas não sei. Sei que em Araxá me dá uma força extra para buscar a vitória com todas as minhas forças”, enalteceu Avancini.

Assim como no Short Track, José Gabriel foi o vice-campeão. Se no sábado (25) fez uma corrida bastante controlada, no XCO deste domingo o ciclista procurou ser mais agressivo, mas acabou sendo prejudicado com alguns problemas técnicos em sua bicicleta. “Foi uma prova muito difícil pra mim. Desde a primeira volta minha estratégia era selecionar bem os adversários, para deixar a prova no mano a mano comigo e com Henrique. Logo na primeira volta eu tive uma quebra no canote retrátil, mas não foi problema nenhum. Me adaptei, voltei a andar, consegui ter boa perfomance”, contou Zé Gabriel.

“Estava andando ali com Henrique. Fiz um ataque na descida, furou o pneu dianteiro na quarta volta, mas consegui administrar bem. Passei no apoio e voltei pra prova. Nesse momento estava em quarto, consegui fazer uma prova de recuperação desde então. Na última volta, furei o pneu traseiro de novo. Então, tive que parar e aí me recuperar. Foi uma prova de  grande performance e mostrou que eu estou no caminho certo. Mostrou também que Araxá é especial para mim. Infelizmente cometi alguns erros, mas estou feliz com o resultado”, completou.

Raiza Goulão Araxá
(Alemão Silva/CBMM)

Raiza Goulão ficou com o ouro na disputa feminina. Ela completou a prova em 1h29min35s99, com um minuto e meio de vantagem para Hercília Souza, que foi a segunda colocada (1h31min00s86). Letícia Cândido ficou com a medalha de bronze com 1h31min50s74.

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“Estou bem feliz. Fico muito orgulhosa pela vitória e também isso me motiva pelo nível das mulheres subindo. Parabéns para a Hercília, pois conseguimos nos destacar. Logo no início ela veio comigo. Foi uma prova muito boa. É bom andar com uma atleta de alto nível na descida. E foi bom analisar ela, estudar e esperar o momento certo para abrir uma diferença e continuar na liderança”, disse Raiza.

“São pontos muitíssimos importantes pra mim, uma prova hors class (HC) aqui no Brasil, há poucas no mundo. E isso me dá uma motivação extra. Assumindo a liderança ao ser a melhor brasileira na UCI. Isso prova o porque que fiz uma tatuagem, a fênix, que ressurge das cinzas. É minha história e eu agradeço a todos que estão comigo. Essa vitória acho que é o início de uma nova era da Raiza”, refletiu a campeã.

Vice-campeã pelo segundo dia seguido, Hercília fez uma avaliação da sua prova no Cross Country Olímpico. “A entrega desse circuito é muito completa. Você tem que ter força, tem que ter potência, e eu gosto muito, é meu circuito preferido. Queria fazer minha prova independente das minhas adversárias. Achei um ritmo muito bom na primeira, segunda e terceira voltas. A Raiza acabou abrindo na terceira e eu comecei a tirar a distância que ela conseguiu abrir. Aí, eu tive um furo no pneu, e parei na quarta volta para fazer a troca. Depois, eu não consegui diminuir essa diferença. Mas, eu estou muito feliz com o resultado e valeu muito a pena”, contou Hercília.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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