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Paris 2024

Ulan Galinski celebra 1ª temporada na elite e coloca Paris-2024 como objetivo

Aos 22 anos, pupilo de Henrique Avancini segue os passos do mentor e começa a trilhar um futuro bastante promissor

Ulan Galinski celebra 1ª temporada na elite e coloca Paris-2024 como objetivo
(Instagram/ulangalinski)

O ano de 2021 foi especial para Ulan Galinski. Pupilo de Henrique Avancini e uma das grandes promessas do mountain bike brasileiro, ele fez sua primeira temporada na categoria elite da modalidade, nacional e internacionalmente, já conquistando resultados expressivos aos 22 anos. Na última terça-feira (2), chegou a brigar pela vice-liderança no cross country olímpico do Campeonato Brasileiro e terminou com um ótimo quinto lugar após um furo de pneu. 

Com o ano chegando ao fim, o balanço é bastante positivo e animador para o futuro. Em entrevista ao Olimpíada Todo Dia, Ulan celebrou a boa temporada, destacando a consistência da sua performance. 

“Realmente acredito que o atleta não vive apenas de vitórias, medalhas, e que muitas vezes a performance em si é mais importante que o resultado. Estou muito satisfeito com a minha consistência durante todo o ano. Ganhei provas importantes da UCI, larguei no Brasileiro com a placa dois, que significa que sou o segundo melhor brasileiro no ranking mundial, e isso é algo bastante grande para o meu primeiro ano na categoria principal”, comemorou.

De olho no futuro

A primeira temporada na elite, assim como as anteriores na sub-23, guardam ótimas perspectivas para o que vem por aí. Mas Ulan Galinski sabe que foi apenas o primeiro passo e quer continuar evoluindo cada dia mais. “Estou muito satisfeito, mas não paro de olhar para o futuro. Sou um atleta que me cobro bastante e quero alcançar o mais alto nível do MTB mundial. Então tenho que continuar trabalhando, tenho muito a aprender ainda. Mas sinto que estou no caminho certo e com as pessoas certas ao meu lado”. 

+Conheça mais sobre a história de Ulan Galinski

E falando em pessoas certas, Ulan faz parte da Caloi Henrique Avancini Racing, equipe formada por talentos da nova geração e liderada pelo maior atleta da história do mountain bike brasileiro. Atualmente, o baiano mora com o time em Petrópolis (RJ), cidade do próprio Avancini, onde treina e aprende com o ídolo, amigo e rival. 

“É engraçado, confesso. Tenho o Henrique como grande ídolo. Em 2014 pedalei 80km para conhecer ele na Chapada Diamantina, depois me vejo fazendo parte da equipe dele e hoje tenho ele como rival. Acho que não deixa de ser uma mensagem do quanto é importante sonhar, acreditar no nosso trabalho. Fico muito feliz de estar alinhando de igual para igual com esses caras e é sem dúvida uma grande motivação”. 

Aos 22 anos, Ulan Galinski segue os passos do ídolo Henrique Avancini
Henrique Avancini e Ulan Galinski após o Campeonato Brasileiro de MTB (Felipe Almeida)

Objetivo olímpico

Daqui três anos, será realizada a Olimpíada de Paris-2024. E mais do que um sonho, estar lá se tornou um objetivo concreto para Ulan Galinski. O ciclo, mais curto, começará oficialmente em maio do ano que vem e ele promete ir com tudo para representar o Brasil na capital francesa. 

“É um sonho, que hoje se transformou em um objetivo. Acho que isso é mais forte ainda. Eu, junto com a equipe Avancini Racing, estamos fazendo esse projeto para brigar por essa vaga e, sem dúvida, é um grande objetivo, que eu vou atrás com toda a minha força, todo o meu coração e tenho confiança que vou estar lá”. 

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Antes disso, mais algumas boas experiências na elite aguardam Ulan. Nesta temporada, o baiano de 22 anos ainda tem mais duas competições pela frente antes das merecidas férias. Já são seis meses longe de casa, na Chapada Diamantina (BA), e a saudade aperta. Mas ele garante que tudo tem valido a pena. 

“Vale demais. Quando eu deito a cabeça no travesseiro, eu só agradeço. Acho que mais importante do que ganhar é trabalhar com algo que você ama. Eu sempre sonhei em ser atleta profissional e hoje estar vivendo disso é a minha maior conquista. Independente do nível que vá chegar, independente de eu ser campeão brasileiro, mundial, trabalhar com algo que eu amo e escolhi fazer é a melhor dádiva da vida. Então, sem dúvida, vale a pena todo o sacrifício”, concluiu.

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