Henrique Avancini se prepara para a última prova da temporada de 2021. Nesta terça-feira (2), ele entra em ação para defender o título do cross country olímpico no Campeonato Brasileiro de mountain bike, depois de ter sido campeão do short track no último domingo (31), em Mairiporã.
A temporada de Avancini foi bastante recheada em 2021, com alguns altos e baixos. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, ele terminou na 13ª posição, conquistando o melhor resultado da história do Brasil no mountain bike em Olimpíadas. Depois, em agosto, foi vice-campeão mundial de short track, e, no retorno à Copa do Mundo, venceu novamente o XCC na Suíça, em Lenzerheide.
No mês passado, conquistou o título nas duas provas da etapa de Araxá (MG) da Copa Internacional de MTB. E agora, para buscar o 19º título do Campeonato Brasileiro de mountain bike, somando diferentes categorias, ele vai buscar o último gáse e dar tudo de si.
“Mentalmente, eu tive um ano pesadíssimo e me sinto bastante cansado. O Brasileiro, sendo a última prova do ano, é onde eu busco aquela performance no fundo do baú, a raspa do tacho. Mas é extremamente importante para mim vencer o título brasileiro, representar o Brasil com a bandeira estampada no peito… Essa é a minha motivação mental. Embora esteja cansado, na hora de alinhar eu sei que eu vou achar um lugar dentro de mim para tirar a motivação necessária para lutar pelo título com o máximo de força que eu tiver”, destacou Avancini ao Olimpíada Todo Dia.
Nova geração
Henrique Avancini é, sem dúvida, o maior nome do ciclismo mountain bike brasileiro. Além de todos os resultados históricos, ele é responsável por inspirar uma nova geração que vem evoluindo nos últimos anos, com nomes como José Gabriel, Ulan Galinski, Gustavo Xavier, Alex Malacarne, entre outros.
Para essa nova geração, poder competir com Henrique Avancini é um grande aprendizado, como destacou José Gabriel, que brigou até o fim pelo título do short track no Brasileiro. “Para mim é muito gratificante, venho correndo com ele já faz um bom tempo. Ele é o cara que mostrou o caminho das pedras para todo mundo. Acho que estou no caminho certo e correr com ele é uma grande honra e uma experiência muito grande. Aprendo a cada corrida. Consegui colocar em prática tudo que aprendi com ele e faltou muito pouco, então estou feliz com isso”.
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E para Avancini, uma boa disputa doméstica é fundamental para o crescimento da modalidade internacionalmente. “Eu vejo essa nova geração subindo o sarrafo. Eles já têm uma mentalidade bem diferente, querem performar bem mais do que ter resultado, e isso é extremamente importante para o desenvolvimento do esporte. Então, a gente tendo três, quatro nesse nível, crescendo a disputa doméstica, isso se reflete internacionalmente. Todas as grandes nações têm um elemento em comum que é a disputa interna de altíssimo nível. E a gente está crescendo o nosso”, concluiu.
