Principal atleta do ciclismo brasileiro, Henrique Avancini, do mountain bike, destaca quer chegar com a cabeça focada nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. “Com o adiamento, teremos mais tempo para otimizar, trabalhar a área mental especificamente para a Olimpíada.”
Em live organizada pela CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo), Avancini elogiou o planejamento para Tóquio-2020 e garantiu que já competiria, se preciso fosse, em julho. “Estaria pronto para competir no meu melhor já, em excelente forma. Mas sigo treinando, e posso arriscar um pouco mais, tentar outras técnicas e métodos de recuperação. E mais do que isso, tenho tempo para avaliar esses testes.”
Henrique Avancini tornou-se um gigante no ciclismo e levou consigo o nome do mountain bike. “É o que mais me emociona. Nas bastava só a minha carreira, precisava que o esporte crescesse junto. Isso me traz muita alegria.”
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O ciclista está no nível mais alto de sua modalidade, é o atual número dois no ranking mundial de MTB, é empresário e pai. “Olha, não é fácil organizar essas três diferentes partes da minha vida. Por isso que o planejamento para Tóquio-2020 foi muito bem feito. E o adiamento só nos deu mais oportunidades. Principalmente de ficar com a minha filha”, brinca o atleta.
E para Tóquio-2020, o staff de Avancini, junto com a Cannondale, CBC e COB (Comitê Olímpico do Brasil) se uniram para montarem um planejamento bem específico. “Foi a primeira modalidade brasileira a definir todo o projeto para a Olimpíada. E que conseguiu conciliar minha carreira, meus negócios e minha família. Isso tudo me deixou muito animado para 2021.”
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O COB sabe do potencial de Avancini e investiu pesado em sua preparação. “Fiquei treinando quase duas semanas no Japão. Trabalhando as características de lá. Esse planejamento criou um envolvimento muito positivo de todas as partes. Até deixei de defender meu título no Marathon para buscar essa melhor preparação.”
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Com a parte física e estrutural em dia, Avancini pode se concentrar integralmente à força mental. “Essa área está sendo trabalhada analisando os meus principais adversários. Eu sempre me concentrei mais em outras partes, mas estou tendo mais tempo para me dedicar ao mental.”
De uma forma geral, o esporte como um todo irá sofrer com a pandemia, e Avancini acredita que o emocional irá pesar muito. “Foi um baque, um passo atrás, não tenho dúvidas disso. Mas acaba sendo necessário, e pode ser uma chance para crescer e voltar mais forte mentalmente.”