Campeão mundial de Mountain Bike no ano passado, o brasileiro Henrique Avancini avaliou de forma positiva a edição 2019 do Brasil Ride. Além dele, outros ciclistas de ponta também comentaram sobre a competição.
“Este ano tivemos um número bem maior de atletas de peso no pelotão de elite e isso demonstra o quanto a prova vem crescendo e melhorando na participação de competidores internacionais”, disse Henrique Avancini, que venceu a prova em 2013, 2017 e 2018.
“Coloco a Brasil Ride como uma das mais duras do planeta. Destaco também a ultramaratona brasileira pela dificuldade do terreno em si. Costumo dizer que, para o amador, aquele que participa de corridas com o objetivo de concluir, é a prova mais difícil do mundo para ser realizada globalmente falando. Um evento que testa a capacidade de uma pessoa concluir um grande desafio”, disse Henrique Avancini.
Maior campeão da ultramaratona ao lado do brasileiro e do tcheco Jiri Novak, o holandês Hans Becking também comentou sobre o evento. “A grande diferença é que a Brasil Ride é muito mais familiar. Na Cape Epic, por exemplo, após a etapa você entra no trailer e não vê outras pessoas. Há mais estresse e uma organização restrita. Na Brasil Ride, adoro conversar com os outros ciclistas, tomar um açaí à noite e conhecer os adversários que disputam comigo a semana toda. Isso nos faz respirar MTB, com conceitos de família e amizade. Ver aonde o Mario Roma começou e o que ele evoluiu em apenas dez anos é impressionante. E, se ele continuar assim, com certeza em breve a Brasil Ride será a maior corrida de MTB do mundo”.
Bicampeão da Brasil Ride após vencer em 2012 e 2019, o português Tiago Ferreira, que ainda acumula títulos de campeão mundial e europeu de Maratona (XCM), é um dos ciclistas que valida essa condição de principal stage race premium de MTB. “O salto de qualidade este ano foi bem notório. Por isso que, na minha opinião, a Brasil Ride se consolidou como a principal prova de mountain bike por etapas no mundo, e acho que em breve vai estar consolidada como a melhor entre todas de MTB, independente de duração que leva”, afirmou.
O campeão olímpico Jaroslav Kulhavy, vencedor do XCO (Cross Country Olímpico) em Londres 2012, também faz seu registro. “É difícil dizer se é a mais difícil entre as provas de etapas do mundo. Quero dizer, trata-se de mais fatores, como qualidade dos principais pilotos profissionais. Para mim, a Brasil Ride é do mesmo nível que a Cape Epic. No Brasil, são provavelmente as subidas mais difíceis. Também o clima (quente) é difícil durante a corrida”, destacou Kulhavy.
Campeão oito vezes da Brasil Ride e tetra da Cape Epic, sempre na categoria máster, o ciclista Abraão Azevedo também opina. “Já corri diversas vezes ao lado do Bart Brentjens nas duas provas, onde temos vários títulos conquistados juntos. Posso afirmar que a disputa na Bahia é muito mais dura do que a ultramaratona sul-africana”, contou Abraão.
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Estrutura da Brasil Ride
A décima edição da Brasil Ride foi realizada este ano, de 20 a 26 de outubro, em Arraial d’Ajuda, Porto Seguro e Guaratinga, no extremo Sul da Bahia.
A competição possui entre os destaques o serviço de atendimento mecânico a todos os ciclistas durante a prova, independente da marca de componentes, e o lava-bike.
Na Vila Brasil Ride, em Guaratinga, a organização monta uma verdadeira cidade para mais de 1.100 pessoas, com café da manhã e jantar de qualidade, bem como toda a estrutura necessária de higiene com banheiros e chuveiros.