Nesta quarta-feira, Douglas Brose conquistou o ouro na categoria até 60kg, uma das duas medalhas do Brasil no último dia de competições do caratê nos Jogos Sul-americanos Assunção 2022 – a outra foi o bronze de Valeria Kumizake (55kg). Do Paraguai, o tricampeão mundial pegará um voo direto para os Estados Unidos, onde trocará o papel de atleta pelo de embaixador. Ele discursará na comitiva que defenderá que o karatê seja integrado ao programa dos Jogos Olímpicos Los Angeles 2028.
+Quadro de medalhas dos Jogos Sul-Americanos de Assunção
OURO INVICTO
Douglas Brose venceu as seis lutas que disputou em Assunção. Na final contra o uruguaio Daiver Baez venceu por 1 a 0. Quatro anos após se lesionar nas semifinais na edição de Cochabamba 2018, encerrou sua história nos Jogos Sul-americanos com o terceiro título no evento – ele foi campeão também em Medellín 2010 e Santiago 2014, além de bronze em Buenos Aires 2006.
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“Ganhei todas as lutas, me classifiquei em primeiro na chave. Posteriormente ganhei a semifinal de um atleta da Colômbia, e na final foi uma luta mais estudada, mas também deu certo. Consegui um ponto no final e mais um título. Depois de quatro anos volto e conquisto mais uma medalha e encerro meu ciclo de Jogos Sula com uma classificação para o Pan. Deu tudo certo, foi muito bom.”
RUMO A LA-2028
A comemoração do ouro, no entanto, será breve por uma causa nobre. Nesta sexta-feira Douglas viaja para os Estados Unidos com a missão de ajudar a convencer o Comitê Organizador Los Angeles 2028 de que o esporte merece uma chance no programa olímpico, após o esporte participar da edição Tóquio 2020, sem a participação de brasileiros.
Douglas é integrante da comissão de atletas da Federação Internacional de Caratê (WKF) e, em julho deste ano, foi selecionado pela entidade para se apresentar a uma comissão do Comitê que acompanhou a competição da modalidade dos World Games, em Birmingham, nos Estados Unidos.
DISCURSO
Agora discursará contando um pouco da própria história e da família como atleta, além de apresentar o formato de competição e as categorias de peso propostas pela federação. Está há dois meses ensaiando a oratória em inglês para fazer bonito diante dos avaliadores.
“Fiquei muito feliz (com a oportunidade), principalmente por levar o nome do karatê do Brasil. Os Jogos Olímpicos sempre foram meu sonho. Não consegui estar presente em Tóquio como atleta, mas talvez consiga estar em LA 28 em outra posição”, disse o atleta, hoje com 36 anos.