O casal Valéria Kumizaki e Vinicius Figueira têm muito o que comemorar neste final de 2019. Aos 34 anos, a carateca foi bicampeã nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru – já havia conquistado o ouro em Toronto 2015. Além disso, Valeria também conquistou a medalha de ouro na etapa no Chile do circuito Karate 1 Series na categoria 55kg.
Na categoria 67kg, Vinicius foi medalha de bronze no Pan-Americano de Lima, prata na etapa do Chile e bronze nas etapas de Madri, na Espanha e Tóquio, no Japão.
E por falar em Japão, o sonho dos dois atletas é estar no país asiático representando o Brasil no caratê nas Olimpíadas do ano que vem. A classificação, no entanto, não é tão fácil. Apenas os dois primeiros no ranking mundial se classificam na categoria de Vinicius. O carateca de 28 anos é o atual terceiro colocado, atrás do francês Steve da Costa, atual campeão mundial, e do egípcio Ali Elsawy.
“Como juntam as categorias, diminuem as vagas. São 4 vagas por ranking, mas só duas do 67kg, então eu tenho que estar entre os dois do ranking mundial, o que fica mais difícil.”, explica Vinicius.
O ranking final que definirá os classificados fechará em abril. Até lá, o brasileiro tem cinco competições para pontuar e tentar passar os adversários.
“Estou brigando bastante, tendo confrontos diretos com os atletas – no meu caso, com o francês e com o egípcio – e estamos brigando ponto a ponto, a cada competição, para tentar conseguir essa vaga pelo ranking olímpico.”
Se não conseguir a vaga olímpica pelo ranking, Vinicius terá ainda a chance de ir para Tóquio através de um torneio classificatório, que será realizado em Paris, no mês de maio. Cada país escolhe um representando e os três primeiros colocados da competição garantem vaga nas Olimpíadas.
Valeria Kumizaki também ainda não está garantida em Tóquio. Mesmo com a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos, a carateca – que atualment é a 5ª do ranking mundial – ainda terá que aguardar o torneio classificatório para saber se irá para os Jogos.
“Com a medalha de ouro no Pan, tenho uma chance no ranking continental. Então, só depois do torneio classificatório vão sobrar essas vagas, e é só depois que vou saber. Vai ser tenso.”, projeta a carateca.
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Mesmo com o caminho complicado até a confirmação da tão sonhada vaga olímpica, Valéria e Vinicius comemoram o desempenho em 2019.
“Meu planejamento era ser campeão dos Jogos Pan-Americanos, mas eu encerro bem. Eu venho de quatro competições de liga mundial, medalhando em três.”, comemora Vinicius.
“Estou satisfeita, não só pela medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos, mas pelo ano todo. Claro, dava para ser melhor, mas estamos trabalhando para o ano que vem fechar com chave de ouro, com a classificação e com as Olimpíadas.”, finaliza Valeria.