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Pan 2019

Valéria Kumizaki planeja despedida do Pan com outro ouro

Aos 34 anos, carateca disputa em Lima seus últimos Jogos Pan-Americanoos, espera se despedir com ouro e planeja aposentadoria para depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Na categoria de até 53kg, Valéria Kumizaki é dona de três medalhas na história do caratê nos Jogos Pan-Americanos (prata no Rio de Janeiro 2007, bronze em Guadalajara 2011 e ouro em Toronto 2015). Aos 34 anos, a paulista chegará em Lima como a principal candidata na corrida pelo título, tentando repetir o feito que conseguiu há quatro anos. Em conversa exclusiva com o Olimpíada Todo Dia, ela relembrou as conquistas na competição, confirmou a aposentadoria para o ano que vem e acredita que o esporte será mantido no programa olímpico após Tóquio 2020.

Antes do Pan do Peru, a equipe brasileira realizou a última fase de preparação no Rio de Janeiro para acertar os detalhes finais, embarcando na sequência diretamente para o país vizinho. “É a minha quarta participação (nos Jogos Pan-Americanos). Quarta e última. Estamos bem focados nisso. Não só eu, mas como todo o time do Brasil no caratê. Para nós é muito importante ter essa vitória, essa medalha de ouro. Então, eu estou bem focada. Estou bem confiante. Estou estudando muito as adversárias, fazendo um trabalho para dar tudo certo lá. Estamos com um time bom, um time experiente. Espero que a gente consiga o maior número de medalhas douradas possível. E para todo o time do Brasil, que a gente saia campeão geral em todas as modalidades.”

+PÁGINA ESPECIAL DO CARATÊ NOS JOGOS PAN-AMERICANOS

“A maior recordação para mim, foi o primeiro Jogos Pan-Americanos também. Foi no Rio, foi toda uma emoção por estar no país. Eu fiquei com a medalha de prata, quase! Essa de lembrança de ser no Brasil, de sediar os Jogos, estar na sua casa e querer muito… E, claro, a medalha de ouro em Toronto 2015, que para mim foi emocionante. Até hoje, quando eu falo, eu me emociono. Espero ter essa emoção triplicada agora em Lima”, destacou Valéria Kumizaki.

Depois de muita luta por parte da comunidade, o caratê foi incluso no programa oficial dos Jogos Olímpicos para a edição de Tóquio na próxima temporada. No entanto, a permanência da modalidade ainda é incerta para a sequência do maior evento esportivo do planeta. Valéria Kumizaki não quer perder a chance de estar no Japão em 2020. “A gente esperava há muitos anos, há muito tempo, por essa oportunidade. Temos que agarrar essa oportunidade com unhas e dentes. É uma expectativa muito grande. A gente sempre via na televisão, ouvia falar do sonho olímpico, só que para nós era uma coisa distante. Agora é real. E a gente está trabalhando para essa classificação, para essa corrida olímpica. Esperamos ter o maior número de atletas brasileiros representando o caratê. Sobre não ter o caratê nas próximas Olimpíadas, eu acredito que a gente tem que ir agora. Estamos procurando a classificação. O mais importante agora é focar em conseguir o maior número de classificados. Depois, tem mais quatro anos para pensar nisso. Mas eu acredito que o caratê vai entrar, sim. Vai ter uma ótima participação e vai continuar.”

Perto de se despedir, Valéria Kumizaki deseja prosseguir no caratê para realizar um sonho que ainda não conseguiu. “Eu já tenho 34 anos, meus cremes fazem efeito (risos). Será meu último Pan e a minha primeira e última Olimpíada. Espero estar classificada para a Tóquio 2020. Posso estar como técnica, fazer parte da delegação, mas como atleta vai ser o meu último Pan. Eu quero passar tudo o que eu aprendi. Tanto como atleta, na vida, quanto como esporte. Eu pretendo continuar trabalhando com o esporte, com o caratê. Possivelmente ser técnica da Seleção Brasileira ou ter o meu próprio dojo, que eu ainda não tenho. É um sonho ter meu próprio dojo, minha própria academia de caratê. Poder passar um pouco mais da minha experiência dentro e fora das quadras”.

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