São três os grandes destaques da canoagem velocidade brasileira no ano que está acabando. Dois são da paracanoagem, Fernando Rufino e Igor Tofalini, e o outro é ninguém menos que Isaquias Queiroz. Rufino e Tofalini fizeram uma dobradinha na classe VL2 nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, com ouro e prata. Já Isaquias subiu no pódio olímpico pela quinta vez na carreira com um emocionante vice-campeonato no C1 1000m.
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A dobradinha de Fernando Rufino e Igor Tofalini foi a primeira na história em uma prova masculina da modalidade nos Jogos. Rufino foi campeão pela segunda vez seguida, levou a mesma prova em Tóquio, cravando 50s47, o melhor marca das Paralimpíadas. Igor Tofalini ganhou a prata no photo finish. A paracanoagem conquistou mais duas medalhas na França. Luis Carlos Cardoso ficou com a prata na prova do KL1 200m e Miquéias Rodrigues abocanhou o bronze no KL3 200m.
Quinta medalha
Pouco antes das quatro medalhas paralímpicas, na mesma raia do Estádio Náutico Vaires-sur-Marne, arredores da capital francesa, Isaquias Queiroz conquistou a quinta medalha da carreira. Ele colocou a prata no peito após numa arrancada fantástica nos últimos metros na final do C1 1000m. Assim, três anos depois da consagração com o ouro em Tóquio, o baiano de Ubaitaba voltou ao pódio olímpico pela terceira vez em três edições de Jogos na carreira.
Isaquias ficou para trás na largada e na metade da prova era apenas o quinto colocado, a quase cinco segundos do ouro. Foi o momento de retomada. De, aparentemente, fora do pódio, engoliu o italiano Carlo Tacchini, o russo Zakhar Petrov e o moldavo Serguei Tarnovschi. Só não ultrapassou o tcheco Martin Fuksa, que liderou de ponta a ponta, mas chegou só 1s17 atrás do campeão.
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Dessa forma, Isaquias Queiroz igualou-se aos velejadores Roberto Scheidt e Torben Grael com cinco pódios. No ‘desempate’, os velejadores levam a melhor. Scheidt tem dois ouros, duas pratas e um bronze, e Grael dois ouros, uma prata e dois bronze. Isaquias colocou o ouro no peito uma vez, a prata, três vezes, e o bronze, uma vez. No Brasil, somente a ginasta Rebeca Andrade tem mais. São seis, dois ouros, três pratas e um bronze.
Raias domésticas
Fora dos Jogos, o Brasil teve um desempenho memorável no Sul-americano e Pan-americano disputado em Montevidéu, no Uruguai. No total foram 12 medalhas, sendo 11 de ouro e duas de bronze, o melhor resultado dentre os seis países participantes. Gabriel Nascimento foi o grande destaque, com sete medalhas de ouro, sendo seis no Sul-americano e uma no Pan-americano, quatro delas no C1 e três no C2 ao lado de Mateus Nunes dos Santos. Maria do Livramento de Souza e Lorrane dos Santos também foram para o topo do pódio. Os bronzes vieram com a dupla Juliano dal Molin e Bruno Baltieri.
Aqui pelo Brasil, Isaquias Queiroz conquistou seis ouros no nacional, que aconteceu em Lagoa Santa, Minas Gerais. No quadro de medalhas geral, a Associação Cacaueira de Canoagem, da Bahia, terminou com o título da competição. A equipe obteve 1443 pontos, superando a Associação de Canoagem de Itacaré, da Bahia, com 916 pontos. A equipe da casa, a Lagoa Santa, ficou em terceiro com 742. Na paracanoagem, o título foi para o Instituto Bombeiros de Responsabilidade Social (IBRES), do Distrito Federal, que somou 53 pontos, seguido pelo Iate Clube de Londrina, do Paraná (20 pontos), e pela Associação Náutica Curitiba, também paranaense (16).
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