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Paris 2024

Em três anos, Miquéias vai de iniciante a medalhista paralímpico

Miquéias Rodrigues teve a perna amputada por causa de acidente, começou a remar há 3 anos e conquistou primeira medalha paralímpica em Paris

Miqueias Rodrigues Foto: Ale Cabral/CPB
Foto: Ale Cabral/CPB

Vaires-sur-Marne – Nos Jogos Paralímpicos conhecemos histórias que nunca imaginamos encontrar. Uma delas é de Miquéia Rodrigues, bronze nos 200m VL3 da canoagem velocidade. O curitibano cresceu na prova, ultrapassou o espanhol nos últimos metros e foi para o pódio com vantagem de 1 décimo de segundo. Mas o mais surpreendente é que Miquéias está na canoagem há apenas 3 anos, indo de iniciante na modalidade a medalhista paralímpico.

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Miquéias Elias Rodrigues chegou em Paris como um dos 8 representantes do Brasil na canoagem velocidade. Quem assiste ele competindo não consegue imaginar que ele só está na modalidade há 3 anos.

“Isso significa uma felicidade muito grande, e superação acima de tudo. Desde quando eu entrei na para canoagem, eu olhava os atletas de alta performance e eu pensava ‘poxa, será que um dia eu vou chegar nesse nível?’ Eu admirava eles, até hoje eu admiro todos, até dentro da água. Eu falei para o canadense ‘eu sou teu fã, cara, eu assistia você, eu via você competindo’ e eu não imaginava chegar tão próximo assim. E hoje estou aqui, disputando com ele junto na raia do lado. É muito bacana”, exaltou o atleta.

Do início ao pódio paralímpico

Miquéias precisou amputar sua perna esquerda abaixo do joelho após acidente de moto em 2016. Mas como sempre praticou atividades físicas, sentiu falta de estar mais ativo. Três anos depois conheceu a para canoagem. De lá para cá, se mudou de Matinhos, no litoral, para Curitiba para se dedicar ao esporte. Em 2023 foi convocado pela primeira vez pela seleção brasileira para disputar o Campeonato Pan-Americano de para canoagem, onde foi campeão. Em 2024, o brasileiro foi medalhista de bronze no Campeonato Mundial de Szeged, e agora, também nos Jogos Paralímpicos.

“É muito bacana olhar cada degrauzinho que fui passando, desde a primeira medalha lá no Brasil, desde o primeiro campeonato. Então assim, eu respeitei cada degrauzinho do esporte na minha vida. E eu sempre fui do esporte, eu sempre pratiquei atividades desde de novo. Então acho que isso me ajudou um pouco mais a desenvolver um pouquinho melhor. Eu fico sem palavras porque eu estou muito feliz, eu estou em esta êxtase aqui”, finalizou sorridente.

Formada em Jornalismo pela Unesp-Bauru, participou da Rio-2016 como voluntária, cobriu a Olimpíada de Tóquio-2020 a distância e Paris-2024 in loco pelo Olimpíada Todo Dia; hoje coordena as Redes Sociais do OTD.

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