Paris – O canoísta Isaquias Queiroz deixou no ar estar propenso a parar de competir a prova do C2 da canoagem velocidade. Atualmente com 30 anos e três ciclos olímpicos, todos com pódio, o brasileiro afirma que está ficando complicado manter-se em bom nível competitivo nas duplas e no C1 1000, esta a principal prova dele e da modalidade. Além disso, confirmou que vai fazer pelo menos mais um ciclo olímpico pra tentar brigar por mais medalhas em Los Angeles.
+ Siga nosso canal no WhatsApp
“Pra refletir, tanto eu, quanto o treinador. Vamos analisar o que vai ser melhor para Los Angeles e isso vai ficar a cargo deles, mas é muito complicado competir como simples e individual”, disse nesta sexta-feira (9), após conquistar a medalha de prata no C1 1000 dos Jogos Olímpicos de Paris. “A carga horária de treinamento é bem complicada. Ter de remar barco de equipe, individual, chega com pressão também. Vamos ter de pensar direito. A princípio, vou deixar com o Lauro (técnico) e ele vai decidir.”
Ele e Fucksa
Isaquias Queiroz usou como exemplo os desempenhos dele e do tcheco Martin Fuksa no C1 1000 e no C2 500 nos Jogos de Paris. Enquanto terminaram com o ouro e a prata na prova individual, ficaram na rabeira da final em duplas. “Olha o Martin Fuksa e olha eu, nós dois, primeiro e segundo. Pega a colocação do barco de equipes. Uma embarcação é prejudicada. Tanto C2 dele como o meu são prejudicados por não conseguir tempo pra treinar as duas embarcações. Se treino demais C2, prejudico o C1, se treino demais o C1, prejudico o C2. Então, uma coisa leva a outra, disse Isaquias.
Bora pra LA
Antes dos Jogos de Tóquio, Isaquias Queiroz fazia planos de fechar em Paris a carreira olímpica dele na canoagem velocidade. Mas isso já ficou pra trás. Antes de vir competir na capital francesa, ele já deixava claro que tinha gás para mais. Após o fechamento do ciclo de 2024, ele confirmou a intenção.
“Continuo, é gostoso ganhar medalha. Ouro é mais gostoso ainda, mas a prata também tem quase o mesmo sabor”, disse, porém, já vislumbrando quem vem por aí para substituí-lo. “Com o trabalho que o Lauro tá fazendo, não vai ter só eu. Se eu parar, tem outros atletas mais novos vindo aí, quem sabe vai ter uma disputa maior.”