O brasileiro Fernando Rufino deu o primeiro passo para manter o reinado completo na classe VL3 200 m da Paracanoagem. Ele venceu a segunda bateria classificatória desta quinta-feira (4) no Mundial do Canadá e garantiu vaga na final sem ter de passar pela semi. Uma disputa antes, na primeira série, Igor Tofalini também venceu na mesma classe e vai alinhar junto com Rufino na disputa pelas medalhas. Já no Mundial de Canoagem Velocidade, que acontece concomitantemente, Isaquias Queiroz ficou em segundo no C1 1000 m e terá de correr a semifinal.
Outros três brasileiros foram para a raia de Halifax, na Paracanoagem e todos conquistaram vagas nas finais das respectivas provas após passarem pelas semis. Adriana Azevedo ficou em quarto na classificatória da KL1 200 m e chegou em segundo na semifinal marcando o tempo de 1min04s85. Giovane Vieira fez dois segundos lugares na VL3 200 m, o da semi cravando 54s37. Já Mari Santilli venceu a semifinal da KL3 200 com 55s11 após passar em quarto na classificatória.
Rei da VL3
Fernando Rufino, atual campeão mundial e Paralímpico na VL3 200, chegou em primeiro lugar com muita tranquilidade. Cravou 55s24, mais de três segundos à frente do segundo colocado, o português Norberto Mourão (58s44), e mais de seis do quarto, o italiano Marius Ciustea (1min01s57). Os três primeiros da bateria conquistaram vaga direta na final da prova no Mundial de Paracanoagem. Igor Tofalini marcou 54s19 na dele, bem à frente do quarto colocado, Mathieu Saint-Pierre, do Canadá (58s33). A final será às 10h28 de sábado (6). Assista ao vivo todo o Mundial de Canoagem Velocidade e Paracanoagem.
“Uma coisa eu falo, essa final aqui vai ser mais difícil que Tóquio, nós treinamos para isso. Porque vai ser uma boa briga, a ‘peãozada vai dar o ‘coro na água'”, disse Fernando Rufino. Igor Tofalini, campeão mundial em 2018, também está na briga. “Estou retornando aqui no Canadá, a expectativa por uma medalha é bem grande. Vai ser um páreo duro, queremos fazer uma dobradinha brasileira. Contamos com toda a torcida brasileira.”
C1 1000 m
Isaquias Queiroz busca retomar o reinado completo na C1 1000 m. Ele é campeão olímpico e foi campeão mundial em 2019, a penúltima edição realizada. Na anterior a essa do Canadá, Conrad Scheibner tomou o título do brasileiro. O alemão não disputa essa prova em 2022. Na classificatória desta quinta-feira, Isaquias chegou em segundo bem colado no primeiro, o único que garantiu vaga direta na final, cravando 3min59s71 contra 3min59s40 do romeno Catalin Chirila. A semifinal será às 15h17 de sexta-feira (5) e passam três de nove competidores. Já na C2 1000, que não faz mais parte do programa olímpico, Erlon de Souza e Filipe Vieira ficaram em quarto e foram para a semifinal, que será às 15h38 de sexta.
“Na minha prova estavam uns quatro que estarão na final. Prova de 1000 metros é desgastante, o peso de ser o atual campeão olímpico e mundial pesa. Terminei bem cansado, mas estamos evoluindo a cada dia. Vamos ver o que podemos fazer aqui, todo mundo quer ganhar o mundial e eu também quero. não será fácil pra mim e nem para os meus adversários”, disse Isaquias Queiroz. Já Erlon lembrou que foi a primeira prova que ele e Filipe fizeram juntos no C2 1000 m. “Sabemos que temos de melhorar. Agora é se preparar para a semifinal, avaliar bem as provas e a partir desse momento ter uma conclusão do que fazer”, disse. Filipe completou: “é uma prova estratégia, bastante cansativa e dolorida. No início, demos uma fraquejada, mas fomos bem no final. Acredito que vamos ajustar nas próximas entradas na água.”
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