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Canoagem Velocidade

Isaquias fala em três longos anos até os Jogos de Paris

Campeão olímpico, mundial e quatro vezes vencedor do PBO aproveita os últimos dias de descanso antes de reiniciar treinamentos visando chegar em 2024 em condições de alcançar o topo do esporte olímpico brasileiro

Isaquias Queiroz canoagem velocidade C1 1000 Jogos Olímpicos de Tóquio C1 1000 medalha pódio Paris Jogos de Paris
(Gaspar Nóbrega/COB/arquivo)

Isaquias Queiroz tomou conta do Sea Forest Way na canoagem velocidade C1 1000 dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Venceu a classificatória, foi direto para a final e não viu ninguém à frente até cruzar a linha dourada e conquistar a quarta medalha da carreira, a primeira de ouro. Já era o campeão mundial e recentemente foi eleito pela quarta vez seguida o atleta do ano no Prêmio Brasil Olímpico, o PBO. Como se fosse pouco, vai atrás em Paris do recorde brasileiro de pódios, buscando ao menos igualar os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael. Ou até superá-los. Tudo “logo ali”, em 2024.

“Eu queria ter o ânimo das pessoas que falam que Paris é logo ali”, disse Isaquias Queiroz na noite em que foi condecorado com o PBO em Aracaju. “Parece que é rapidinho, mas são três longos anos, 2023 é um ano importante. Sem vaga não tem como chegar em Paris”, acrescentou. “Vamos nos preparar bastante, o Lauro está fazendo a programação. Descansar um pouco mais esse ano para poder chegar bem em 2024. Não vai adiantar ganhar vários títulos ao longo dos (próximos) anos e chegar na Olimpíada e perder. Tem de treinar bastante para chegar e ganhar.”

Repercussão e ciclo de Tóquio

O baiano de Ubaitaba, filho do Rio das Contas, lembrou da repercussão que seu feito em Tóquio teve no Brasil. “Eu baixei uma narração muito emocionante. O narrador chorou. A minha esposa gravava na TV e me mandava o vídeo. Eu queria ver como estava a remada na eliminatória, semifinal e mesmo na final”, disse. “Foi muito importante ver o quanto de brasileiro assistiu à prova. Mostra o quanto a canoagem no Brasil cresceu. Com o meu resultado, o trabalho do Jesús do meu lado, do Lauro.” Jesús é Jesús Morlán, eterno técnico espanhol do brasileiro falecido em 2018. Lauro é Lauro Júnior, o Pinda, aprendiz de Jesús que assumiu o posto do mestre.

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Isaquias Queiroz falou, ainda, sobre os cinco anos antes dos Jogos de Tóquio. O ciclo marcado pelo adiamento em um ano por conta da pandemia da Covid-19. “A pandemia (é) um desastre, perdemos muitos cidadãos brasileiros”, diz. Sobre o adiamento, viu vantagem. “Para mim foi um pouquinho de ajuda, porque o Erlon estava machucado, em 2020, e deu tempo de trabalhar um pouco mais com o Jacky (Godmann) e um pouco mais no C1 e cheguei mais preparado em 2021. A complicação vem agora, perdemos um ano pra Paris e isso pode prejudicar um pouco mais.”

Isaquias Queiroz canoagem velocidade C1 1000 Jogos Olímpicos de Tóquio
(Jonne Roriz/COB)

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Treinamentos online

Bem presente no instagram, o canoísta viu o perfil disparar após a medalha de ouro da Olimpíada. “Para mim foi uma coisa bem importante, bem positiva. Mostrou que todo brasileiro estava ligado (nos Jogos Olímpicos) e torcendo, para quem ganhou, quem não ganhou. Foi muito importante. Quando ganhei a medalha, tava com 500 mil seguidores. Foi bem legal. Agora vamos treinar e mostar também o treinamento para o pessoal e assim poder transformar a canoagem mais ainda para se tornar um grande esporte no Brasil.”

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