Tóquio – A CBCa (Confederação Brasileira de Canoagem) está questionando a IFC (Federação Internacional de Canoagem) a respeito dos critérios de distribuição de vagas na canoagem velocidade para a Olimpíada por meio de cotas. A entidade enxerga critérios confusos e com pesos diferentes que garantiram uma vaga a mais para o Canadá ao mesmo tempo que impedem a participação de Valdenice Conceição.
Pode-se dizer que o imbróglio começou com o cancelamento do Pan-Americano de Canoagem Velocidade, marcado para 8 a 11 de abril, em Curitiba, por conta da pandemia da Covid-19. Como o campeonato valeria como seletiva para a Olimpíada, as vagas ficaram em aberto e com a distribuição a cargo da federação internacional. A expectativa era que Valdenice ficasse com a cota continental no C1 200, mas a vaga acabou sendo realocada para a Bulgária por critérios que pouco convenceram os brasileiros.
Algum tempo depois, na quarta-feira (7) mais exatamente, a confederação brasileira tomou conhecimento, pelas redes sociais, que o Canadá ficou com a cota para o C2 500, ou seja, para duas atletas. A movimentação favoreceu a convocação de Vincent Lapointe, um dos grandes nomes daquele país na modalidade, mas que por conta de uma acusação de doping não pode disputar o Mundial de 2019, campeonato também classificatório para Tóquio, e estava fora dos Jogos. Lapointe compete originalmente no C1 200 e poderá disputar essa categoria mesmo tendo sido convocada por meio da cota do C2 500.
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A CBCa enxerga dois pesos e duas medidas nas definições, uma vez que o Canadá já tinha atleta classificada para o C1 200, ao contrário do Brasil no caso de Valdirene. Ou, em outras palavras, os canadenses ficaram com duas vagas a mais na Olimpíada, uma delas a ser preenchida por uma atleta em uma categoria onde o país já estava representado, enquando o Brasil ficará fora da mesma C1 200 perdendo uma das vagas continentais para um país que não está na América.
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“A CBCa, vem questionando a ICF a cerca das explicações ‘’confusas’’ sobre a ‘’elegibilidade’’ e outros pontos que remetem a deixar os critérios de classificação muito mal explicados, e mais do que isso, trazem, muitas insatisfações á toda comunidade da Canoagem Brasileira e Pan-americana”, diz a entidade, acrescentando que “não somente está manifestando sua completa insatisfação com esta situação, mas irá buscar junto a ICF, uma explicação deste surpreendente episódio da classificação olímpica, e também se necessário for, buscará reparação nos órgão superiores que gerem o esporte mundial”.