A Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) está fazendo uma integração dos atletas das canoas que fazem parte das Equipes Nacionais Permanentes. O grupo treinado por Lauro de Souza Júnior, que conta com os medalhistas olímpicos Isaquias Queiroz e Erlon Souza, deixou Lagoa Santa (MG) e percorreu cerca de 300km até chegar a Capitólio, cidade mineira famosa pelos cânions, cachoeiras e belas paisagens naturais. De 25 de janeiro a 26 de fevereiro, os principais canoístas do país participarão de um treinamento de campo numa das maiores lagoas do município.
“Estamos num período de transição para um treinamento com maior intensidade. A ideia desse estágio em Capitólio é ter um pouco mais de água para fazer esses treinamentos extensivos, aumentando a qualidade da atividade”, explica Lauro, também conhecido como Pinda.
“E também unir a equipe. A maior parte da equipe já não mora em Lagoa Santa. Então, esses estágios são importantes para reunirmos a seleção, deixar o time focado e sem distrações. É treinar e descansar”, complementa o treinador.
O protocolo de segurança prevê que os atletas fiquem concentrados em um hotel, isolados dos demais hóspedes. E, na lagoa, as embarcações dos canoístas brasileiros dominam as águas, já que Capitólio tem limitado a entrada de visitantes. Mas ainda há outras facilidades.
“A primeira é a proximidade de Lagoa Santa, sem precisar mover a estrutura para muito longe. Depois, uma parte da seleção de base treina em Capitólio, com tudo montado. E a última é que estamos num hotel-fazenda isolado, que oferece todo o necessário”, diz Lauro. Todas as atividades são conduzidas por Lauro e Nivalter Santos, auxiliar-técnico.
Além de Erlon e Isaquias, integram o treinamento os seguintes atletas: Jacky Godmann, Felipe Santana e James Marcelo. Todas as atividades são conduzidas por Lauro e Nivalter Santos, auxiliar-técnico. Ao reunir atletas jovens e experientes, a ação visa não só os Jogos Olímpicos Tóquio 2020, mas também Paris 2024 e Los Angeles 2028.
“Nós temos hoje o Isaquias e o Erlon, que são medalhistas olímpicos, e dois atletas mais jovens. O ambiente da equipe melhora porque, só com uma dupla, o dia a dia fica muito monótono. E é também uma forma de pensarmos no futuro. Isaquias e Erlon estão no auge, mas sabemos que a idade chega para todos. Temos que estar preparados, ter uma continuidade para a canoagem brasileira”, analisa o treinador da seleção brasileira.
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Este é o segundo estágio da Canoagem Velocidade em Capitólio. O primeiro foi realizado em novembro e dezembro de 2020. Depois veio a pausa de fim de ano e o retorno à Lagoa Santa no início de janeiro. O treinamento de campo promete trazer informações importantes para a sequência do trabalho em 2021, graças a uma combinação de ações na água e fora dela, como as avaliações do Laboratório Olímpico.
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“Programamos algumas avaliações porque entendo que o nível de competitividade que vamos enfrentar exige um cuidado especial com os mínimos detalhes. Qualquer informação a mais pode fazer a diferença no final do processo, que são os Jogos Olímpicos”, finaliza Lauro.