A canoagem do Brasil está de luto. Neste domingo (17), morreu em Curitiba o dirigente esportivo João Tomazini Schwernter, presidente da CBCa (Confederação Brasileira de Canoagem), vítima da Covid-19. Ele estava internado no Hospital Marcelino Champagnat desde o dia 18 de dezembro. Tomazini ficou internado na UTI por 30 dias mas teve a morte declarada às 10h57 deste domingo.
João Tomazini assumiu a presidência da CBCa em 1989, entidade que ajudou a fundar. Era o dirigente que há mais tempo comandava uma confederação olímpica no Brasil. Como presidente da CBCa, comandou inúmeros comitês organizadores em campeonatos sul-americanos, pan-americanos e mundiais realizados no país. Também foi 3º vice-presidente da ICF (Federação Internacional de Canoagem), entre 2010 e 2014.
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Tomazini também era presidente da COPAC (Confederação Pan-Americana de Canoagem) desde 2017. Foi membro do primeiro Conselho de Administração do COB (Comitê Olímpico do Brasil). Recentemente, se destacou pelo trabalho à frente da aprovação da Lei 14.073, que dispunha sobre ações emergenciais destinadas ao setor esportivo. Entre elas, o pagamento de dívidas das Entidades Nacionais de Administração do Desporto (ENADs) junto ao Governo Federal por meio de recursos provenientes da Lei das Loterias.
No último ciclo olímpico, viu a canoagem brasileira mudar de patamar. Especialmente na modalidade velocidade, com as três medalhas olímpicas conquistadas nos Jogos Rio-2016, por Isaquias Queiroz e Erlon Souza. No ciclo para os Jogos Tóquio-2020, viu ainda uma evolução técnica na modalidade slalom. Especialmente de atletas como Ana Sátila e Pedro Gonçalves, ambos já com vaga olímpica assegurada.
COB solta nota oficial
O COB soltou uma nota lamentando a morte de João Tomazini. “Dizer que é uma grande perda para o esporte brasileiro é redundância. João Tomasini foi um dos mais leais companheiro e amigo que tive em minha trajetória no Comitê Olímpico do Brasil. Aguerrido, incansável e, porque não dizer, briguento pelas causas que defendia, foi um dos grandes articuladores da Lei 14.073, que trará uma contribuição inestimável para o esporte olímpico do Brasil. É seu grande e valioso legado”, disse o presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira.