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Canoagem Slalom

Ana Sátila entra para história com ouro inédito no Mundial

Com a medalha de ouro de Ana Sátila no K1 Extreme, o Brasil é campeão mundial de canoagem slalom pela primeira vez na história

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Ana Sátila se tornou neste domingo a primeira brasileira na história a conquistar uma medalha de ouro em uma edição do Mundial de canoagem slalom. A canoísta de 22 anos foi campeã do K1 Extreme e fechou da melhor maneira possível a competição que foi disputada no Rio de Janeiro.

“O Brasil nunca teve um campeão mundial na canoagem slalom. Não é uma prova olímpica, mas que pode vir a ser. Esse título é muito importante para mim e não sei dizer o quão feliz estou. Tenho quase certeza que em Paris vai entrar. É uma categoria muito emocionante, onde o público vibra, vê o contato. Isso acaba sendo muito bom para quem está assistindo”, acredita.

O K1 Extreme é uma modalidade nova na canoagem slalom, que estreou em Mundiais no ano passado, na França. Ao contrário do C1 e do K1, em que cada atleta desce sozinho a corredeira, na corrida radical a disputa é feita em baterias de quatro atletas, que descem ao mesmo tempo, passando pelas “portas”, fazendo manobras e procurando a melhor estratégia para chegar na frente.

24 atletas entraram na disputa do K1 Extreme feminino nas oitavas de final do Mundial de canoagem slalom. As participantes foram divididas em oito baterias com três canoístas cada. Ana Sátila venceu a dela, deixando para trás a francesa Marie Zelia Lafont e a mexicana Sofia Reinoso. A irmã dela, Omira Estácia, também conseguiu de classificar ao derrotar a canadense Haley Daniels e a italiana Stefanie Horn.

Nas quartas de final, as 16 classificadas foram divididas em quatro baterias. Apenas as duas primeiras colcoadas de cada uma avançavam para a semifinal e as duas brasileiras caíram na mesma prova. Ana Sátila venceu com Marie Zelia Lafont em segundo. Omira Estácia ficou em terceiro, a frente apenas de Haley Daniels, e foi eliminada.

Na semifinal do Mundial de canoagem slalom, Ana Sátila ficou atrás de Lafont, mas a frente da ucraniana Viktoriia Us e da canadense Florence Maheu para chegar à final. Aí, na disputa por medalhas, a brasileira não deu chances para as adversárias e conquistou a histórica vitória. A holandesa Martina Wegman ficou com a medalha de prata e a russa Polina Mukhgaleeva terminou com o bronze.

“Estou muito feliz. Foi uma das provas mais difíceis que já participei. O contato é grande, acontece até de se machucar. As rivais são muito boas. A prova é longa, começou no início da tarde. A posição de largada era ruim, foi difícil entrar na prova. Depois, foi só na garra e pensando na vitória”, analisou a brasileira, que teve rápida adaptação ao K1 Extreme. Na estreia da prova em Mundiais em 2017, a brasileira garantiu a medalha de prata na cidade de Pau, na França. Em julho de 2018, ela foi ouro no Mundial Júnior & Sub-23, em Ivrea, na Itália.

Sexto lugar no C1 Feminino

Além de ter sido campeã no K1 Extreme, Ana Sátila disputou também neste domingo a final do C1 feminino do Mundial de canoagem slalom. Como foi penalizada com 2s a mais no seu tempo por ter tocado em uma das portas, a brasileira ficou na sexta colocação com um total de 117s41. Se tivesse feito a descida limpa, teria ficado pelo menos com a medalha de bronze. A exemplo do que aconteceu no K1, a medalha de ouro ficou com a australiana Jessica Fox, que marcou 109s07, quase cinco segundos de vantagem sobre a segunda colocada, a britânica Mallory Franklin.

K1 Extreme Masculino

Na versão masculina do K1 Extreme, o melhor desempenho entre os brasileiros foi de Pedro Henrique Gonçalves, que chegou até a semifinal. Fábio Rodrigues não passou das oitavas de final.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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