Nesta quarta-feira (26), segundo dia de competições do Campeonato Mundial de Canoagem Slalom Rio 2018, Ana Sátila também garantiu a presença na semifinal ainda na primeira bateria da prova do K1 feminino. Também participaram da classificatória do K1 Feminino, Omira Estácia Neta e Marina Costa, mas as duas brasileiras não conseguiram a classificação após as duas descidas.
Canoagem Slalom
Ana Sátila e Pedro Gonçalves estão na semi do Mundial
Ana Sátila, no C1 feminino, e Pedro Henrique Gonçalves, no K1 masculino, se garantiram nas semifinais do Campeonato Mundial de Canoagem Slalom Rio 2018.
No terceiro dia do Campeonato Mundial de Canoagem Slalom Rio 2018, o Brasil garantiu presença logo pela manhã nas semifinais do C1 (canoa individual) feminino e K1 (caiaque individual) masculino. Ana Sátila e Pepê Gonçalves fizeram uma boa descida e conquistaram o direito à próxima etapa na primeira descida.
Ana Sátila não fez uma descida limpa, ela cometeu quatro faltas que adicionaram oito segundos no seu tempo total, mas isso não a tirou da zona de classificação da prova. “Hoje (27), eu estou me sentido melhor. Acabei tendo algumas penalidades, até porque o canal de Deodoro exige um nível de técnica bem alto, mas, mesmo assim, obtive a classificação. Agora, o meu foco é concentrar para a semifinal”, adianta.
Ainda sobre garantir a vaga na primeira seletiva, Ana frisa que faz uma diferença significativa para o atleta. “O fato de ter que fazer a segunda descida desgasta muito mais. São, no mínimo, duas horas a mais no local de competição. E como aqui é um local muito quente, às vezes, é preciso mudar até a estratégia de aquecimento, para que não haja desgaste desnecessário”, diz.
Os vinte canoístas com os melhores tempos são classificados automaticamente para a semifinal. Quem não consegue emplacar um bom resultado na primeira seletiva, tem uma segunda chance. Nesta etapa, os atletas disputam as dez vagas restantes.
A equipe feminina, que além de Ana Sátila, é formada por Beatriz da Mota e Omira Estácia Neta, irmã de Ana, participou da segunda bateria, mas não conseguiu entrar para a próxima etapa da disputa. Omira ficou em 14ª posição no ranking. Já Beatriz ficou com a 16º colocação.
Apesar de ficar fora da disputa, Bia, como é chamada, faz uma avaliação positiva da sua participação. “Fiz uma boa descida em vista do pouco tempo que treinamos nessa pista. De todas que já tive a oportunidade de treinar, a de Deodoro é a mais pesada. Eu avalio que não está ruim, porém sempre busco melhorar”, afirma.
A canoísta comenta ainda que é uma honra treinar e competir numa raia olímpica. “Além disso, eu estou competindo com várias atletas olímpicas, o que torna o momento ainda mais especial. É admirador estarmos juntas na mesma categoria. É uma experiência incrível para mim que sou mais nova”, revela.
No K1 masculino, os brasileiros Guilherme Mapelli e Fábio Schena Rodrigues também não conseguiram passar na segunda bateria. E Mapelli não conseguiu por muito pouco. Ele ficou na 11ª colocação, com o tempo de 90.48 e sem nenhuma penalidade.
“Na primeira descida, tive duas penalidades, sem elas, eu entraria na semifinal. A segunda descida, consegui fazer zerada. Porém, no final da pista, nas últimas ondas, acabei perdendo um pouquinho de tempo. É um pouco frustrante. Vou trabalhar dobrado para a próxima competição entrar com folga”, diz.
O sorriso de Pepê Gonçalves, que também foi classificado para a semifinal na primeira descida, revela o alívio de não precisar remar uma segunda vez na mesma prova. “Hoje, eu estou, muito, muito feliz, por ter entrado de primeira, porque o Mundial é um nível muito alto e psicologicamente é muito pesado. Em casa, a pressão é maior ainda, mas a gente tem que saber lidar com essa pressão. Então, classificar na primeira é um peso que sai das costas”, sublinha.
Sobre a descida, Pepê avalia que fez num tempo bom, mas por sofrer uma penalidade, terminou em 18º, que foi o suficiente para entrar na semifinal. “Se não fosse a penalidade, calculo que a minha classificação cairia para a 6ª ou 5ª colocação. Agora é tentar repetir no sábado. E vamos com tudo porque esse mundial é nosso”, acredita.
O dia terminou com a tomada de tempo do K1 Extremo, modalidade que ainda não é olímpica, mas tem conquistado os atletas. A partir da classificação são montadas as baterias para as provas, que acontecem no domingo, dia 30.
Competições – Amanhã será o quarto dia de competições, e a Seleção Brasileira de Canoagem Slalom estará na água em três ocasiões. Na semifinal do C2 Misto com Omira Estácia Neta e Charles Correa, às 9 horas. À tarde, a partir das 14h40, acontece a semifinal do C1 masculino, que terá Felipe Borges, que se classificou ontem (26), como representante brasileiro. Ele vai brigar por uma das dez vagas, que garantem acesso à final, que acontece no sábado (29) às 9 horas. E a semifinal do K1 feminino acontece nesta sexta-feira, a partir das 15 horas. Ana Sátila será a representante do Brasil nesta prova.
Mundial Slalom 2018 – O Campeonato Mundial de Canoagem Slalom Rio 2018 é uma realização da Academia Brasileira de Canoagem (ABraCan), com supervisão técnica da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) em parceria com o Ministério do Esporte, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Comitê Olímpico Brasileiro e apoio da Federação Internacional de Canoagem.
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