Siga o OTD

Canoagem Slalom

Das brincadeiras de menino a técnico da Canoagem Slalom

Cássio Ramon Petry, ex-atleta olímpico, quando criança, não imagina que a diversão no Rio Paranhana se tornaria trabalho sério na vida adulta

Divulgação/CBCa

Sério e concentrado, Cássio Ramon Petry, atual técnico da Seleção Brasileira de Canoagem Slalom, não desvia os olhos da equipe durante o período de treinamento na pista do Parque Radical do Rio, local que sediará o Campeonato Mundial de Canoagem Slalom Rio 2018, de 25 a 30 deste mês, e endereço desde a semana passada de 250 atletas de 40 países.

O ex-atleta olímpico, quando criança, não imaginava que a brincadeira de menino ao lado do irmão mais velho Jarbas, no Rio Paranhana, se tornaria sua paixão na vida adulta. Já são 27 anos, dos 40 de vida, dedicados inteiramente à Canoagem Slalom.

Nascido em Três Coroas, no Rio Grande do Sul, um dos principais celeiros da Canoagem Slalom do Brasil, Petry iniciou na modalidade aos 13 anos, quando procurou a Associação Três Coroense de Canoagem (Asteca), dando início aos treinos. Quatro anos depois, em 1996, ele passou a integrar a equipe brasileira de canoagem e a viajar o mundo em busca de títulos nas copas e mundiais.

No total, foram sete participações em campeonatos mundiais, na categoria sênior, um campeonato mundial júnior, além de pan-americanos e sul-americanos. “Consegui a 21ª colocação no campeonato mundial júnior, em 1996, na República Tcheca. Também fui vice-campeão, em 2005 e em 2003, no Pan-americano, dos Estados Unidos, no C1(canoa individual)”, relembra.

No cenário mundial, Petry também participou dos Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000, quando obteve a 14ª colocação. A carreira de atleta só chegou ao final em abril de 2016, mas o assunto estava em pauta desde 2012. “O meu primeiro filho nasceu em agosto de 2012, então, eu já estava pensando, antes mesmo do nascimento dele, em deixar a vida de atleta, para conseguir ficar mais próximo da família. Neste ano, também não consegui a vaga olímpica para os Jogos de Londres, mas, por algum motivo, o amor pela canoagem falou mais alto e continuei mais quadro anos como atleta”, revela.

A princípio, ele garante que, não pensava em ser técnico. “Até quando eu ia parar minha carreira como atleta, não tinha interesse em ser técnico, mas, por outro lado, nunca me vi fora da canoagem”, comenta, observando que esse foi um dos motivos que o fez posteriormente aceitar o convite de ser técnico feito pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa). O convite balançou o coração e mais uma vez Petry cedeu ao esporte.

À frente da Seleção Brasileira de Canoagem Slalom desde janeiro de 2017, ele tem obtido bons resultados e sonha alto com a nova carreira. “Não é fácil ser técnico, porque acredito que o líder da equipe não pode errar, para que os atletas não tenham que se preocupar com nada além do treino. Planejar treino e organizar a equipe é cansativo, porém muito gratificante ao mesmo tempo”, admite.

Bons resultados – “Eu trabalho sempre para a equipe e o meu objetivo é ser um dos melhores técnicos no cenário mundial da Canoagem Slalom. Sou muito novo ainda nesse trabalho, mas nesse período já obtive bons resultados com a equipe”, ressalta.

Entre os títulos ele cita as medalhas de ouro (K1 Extremo – modalidade não olímpica de caiaque) e bronze (C1) conquistadas por Ana Sátila na Copa do Mundo Canoagem Slalom 2018, em Augsburg, na Alemanha. Neste ano, a canoísta também conquistou a medalha de bronze, no C1, na Copa do Mundo de Canoagem Slalom na Cracóvia, Polônia, e prata na Copa do Mundo de Slalom da Eslováquia, no K1 Extremo.

Além desses títulos, Petry frisa a conquista de quatro medalhas durante do Rio Open, que ocorreu em março desde ano. E a expectativa para o Mundial de Canoagem Slalom no fim do mês é de pódio tanto no feminino quanto no masculino. “Temos boas chances de ter bons resultados com a Ana Sátila (C1) e com o Pepê Gonçalves (k1)”, acredita.

Mundial Slalom 2018 – O Campeonato Mundial de Canoagem Slalom Rio 2018 é uma realização da Academia Brasileira de Canoagem (ABraCan), supervisão técnica da Confederação Brasileira de Canoagem em parceria com o Ministério do Esporte, com o apoio da Federação Internacional de Canoagem e Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.

Mais em Canoagem Slalom