Se um termo invadiu as redes sociais dos fanáticos olímpicos, esse termo foi SATILAR! Isso porque Ana Sátila Vargas além de ter conquistado o melhor resultado em Jogos Olímpicos para a canoagem slalom, também conquistou fãs em todo o Brasil pela sua constante presença nas telinhas da tv durante as provas de Paris-2024. Outro que teve um pódio importante foi Pepê Gonçalves, que conquistou vaga olímpica e foi prata no circuito mundial.
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Ana Sátila vira meme e fura bolha
Ana Sátila Vargas chegou a Paris-2024 com o objetivo de fazer história. Porém para isso, ela precisou competir oito dias e assim pareceu que a brasileira estava constantemente no seu barco descendo o canal do Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne. Foi assim que o meme do “Satilar” foi criado, verbo que significa trabalhar duro por um grande período de tempo.
E Ana Sátila foi a que mais satilou em Paris. No caiaque, ela começou bem a final, com destaque da primeira remonta, mas pecou na linha, precisou usar muito do físico e acabou cansando ao longo do percurso. Assim, Ana ficou na quarta posição, melhor resultado do Brasil na modalidade, mas visivelmente triste com o “quase”.
Na canoa, sua melhor embarcação, Ana não teve mesmo desempenho. Na final, tocou em na quinta porta e cometeu erros na linha, de modo que ficou somente na quinta posição geral. O último compromisso da brasileira foi no caiaque cross, que estreou no programa olímpico e durou quatro dias.
Na tomada de tempo, Ana Sátila ficou na quinta posição, caiu nas eliminatórias para a repescagem, mas venceu sua bateria em seguida, voltando a disputa por pódio. Avançou às quartas de final e em seguida para a semifinal. Mas lá, foi superada pela atleta da casa Angèle Hug, que garantiu vaga na final do cross ultrapassando a brasileira. Ana ficou na oitava posição geral.
Com a resiliência e carisma, Ana Sátila foi um dos grandes nomes brasileiros de Paris-2024 que não levou medalha. Assim, seus números nas redes sociais decolaram e os memes seguiram a todo vapor mesmo sem presença dela ao término do calendário da Olimpíada.
Para fechar o ano, Ana Sátila foi indicada ao prêmio Rei Pelé de melhor atleta feminina de 2024 do Prêmio Brasil Olímpico, mas acabou perdendo para a multimedalhista olímpica Rebeca Andrade. Mas a canoísta não saiu de mãos abanando, levou o prêmio Inspire Riachuelo.
Pepê se classifica para Paris, cumpre promessa e é prata na temporada
Outro representante do Brasil no slalom foi Pedro Henrique Gonçalves, o Pepê. O paulista, porém, conseguiu classificação na sua última chance: no Campeonato Pan-Americano em Deodoro, onde apenas o campeão levaria a vaga continental.
Com concorrentes importantes, incluindo os conterrâneos Guilherme Mapeli e o francês naturalizado Matieu Desnos, Pepê fez tempo de 84s59, conseguiu superar estadunidense e levou a vaga para Paris-2024.
Por trás da conquista da sua terceira olímpica está uma promessa importante: Pepê iria de Piraju a Aparecida do Norte de bicicleta. Após os Jogos Olímpicos a dívida foi cumprida e percorreu 586km em poucos dias.
Em Paris, Pepê Gonçalves não teve desempenho esperado. Com a estreia do caiaque cross, o brasileiro, que já foi medalhista mundial na prova tinha expectativas boas para a primeira edição olímpica. Na tomada de tempo, ficou na segunda posição. Porém a campanha terminou nas eliminatórias, quando Pepê levou remada no rosto de adversário e acabou desorientado e na quarta posição da bateria.
A campanha do brasileiro em Paris-2024 ainda contou com a 18ª posição na canoa, enquanto ficou apenas na 20º colocação no caiaque, embarcação em que foi 6º colocado na Rio-2016, deixando um gosto amargo no paulista.
Mas mostrando que a temporada ainda tinha muito a ser percorrida, Pepê foi bem nas últimas etapas de Copa do Mundo e acabou com bronze na etapa de La Seu d’Urgell, na Espanha, mas com prata no Circuito, a apenas um ponto do francês britânico Joseph Clarke.
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