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Canoagem Slalom

Brasileiros não conseguem vaga olímpica no caiaque cross

Mathieu Desnos e Beatriz da Motta não avançam

Beatriz da Motta se preparando para fazer decida no caiaque cross; ela e Mathieu Desnos ficaram sem vaga para Paris-2024
(Foto: Divulgação/CBCa)

O Brasil contou com a participação de dois atletas nas disputas do caiaque cross na Copa do Mundo de Praga de canoagem slalom, competição que serve como classificatório olímpico da prova para Paris-2024, na manhã deste domingo (09). Nenhum deles, no entanto, conseguiu vaga para o megaevento. Beatriz da Motta chegou até as quartas de final, enquanto Mathieu Desnos caiu ainda na repescagem.

Prova que fará sua estreia no programa olímpico em Paris-2024, o caiaque cross se difere das demais disputas da canoagem slalom. A prova consiste em uma espécie de corrida, em que quatro atletas competem ao mesmo tempo, precisando superar obstáculos ao longo do percurso. Ao longo das baterias eliminatórias, os dois primeiros colocados avançam de fase.

A Copa do Mundo de Praga serviu como o único pré-olímpico de caiaque cross. Como apenas atletas que não conquistaram vaga olímpica em outra prova da canoagem slalom puderam participar, o Brasil não contou com a participação de Ana Sátila, Omira Estácia e Pepê Gonçalves, principais nomes da modalidade. Assim, o país foi representado por Beatriz da Motta, Fábio Rodrigues e Mathieu Desnos.

A melhor representante foi Beatriz da Motta. Ela ficou em terceiro lugar no round inicial e teve de ir para a repescagem. Por lá, foi a segunda colocada de sua série e avançou à fase principal. Já na chave principal, voltou a ficar em segundo lugar na bateria e classificou-se para as quartas de final, onde cometeu uma falta e terminou na quarta colocação em sua série, sendo eliminada.

Já Mathieu Desnos, 36º colocado na tomada de tempo, ficou em último lugar em sua bateria no round inicial após cometer uma falta. Assim como Beatriz, ele teve de ir para a repescagem, onde voltou a sofrer penalização e mais uma vez acabou na quarta posição na série. Com isso, ficou sem a vaga. Já Fábio Rodrigues foi o 57º na tomada de tempo. Apenas os três primeiros garantiram vaga em Paris.

Brasil com representantes

Apesar de não ter obtido classificação com Beatriz e Mathieu, o Brasil poderá contar com atletas no caiaque cross em Paris-2024. Isto porque, de acordo com o regulamento da Federação Internacional de Canoagem (ICF), um atleta classificado pode ser inscrito em quantas provas quiser, desde que respeite o limite de um atleta por país no caiaque (K1) e na canoa (C1) e dois no caiaque cross.

Ana Sátila obteve uma vaga olímpica no C1 feminino, Omira Estácia conquistou no K1 feminino e Pepê Gonçalves classificou-se no K1 masculino. Na canoagem slalom, as vagas não são nominais, ou seja, pertencem ao país. É possível que o Brasil abra mão da vaga de Omira para poder contar com Ana tanto na disputa do C1 e do K1, uma vez que ela tem bons resultados nas duas provas há alguns anos.

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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