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Canoagem Slalom

Canoístas usufruem de estrutura inédita no Rio de Janeiro

Sete canoístas se dividem entre o CT Time Brasil e Deodoro como preparação para o Campeonato Mundial.

A Seleção Brasileira de canoagem slalom vive oportunidade única. Uma ação em parceria entre o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), com apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro, vem proporcionando à Seleção Brasileira da modalidade toda estrutura necessária para o treinamento na cidade. De quebra, ainda se beneficiam de um legado olímpico dos Jogos Rio 2016. Os sete principais atletas do país se dividem diariamente, desde o dezembro do ano passado, entre o Parque Radical de Deodoro, onde funciona a mais moderna pista da atualidade, e o Parque Aquático Maria Lenk, onde está instalado o Centro de Treinamento Time Brasil, com todas as suas funcionalidades para atender aos atletas de alto rendimento. A vinda da canoagem slalom para o Rio faz parte do planejamento visando o Campeonato Mundial, que acontece em setembro, em Deodoro.

A rotina dos atletas no Rio de Janeiro começa bem cedo, nos apartamentos alugados pelo COB e pela CBCa em frente ao Parque Olímpico. Pela manhã, a equipe comandada pelo treinador Cássio Petry pega a Transolímpica para chegar rapidamente ao Parque Radical de Deodoro, onde a pista olímpica dos Jogos Rio 2016 está à disposição, cedida pela Prefeitura do Rio de Janeiro, que também fornece uma ambulância de prontidão no local. “Treinar no Rio de Janeiro traz um crescimento e um desenvolvimento muito grandes para a canoagem slalom. É uma experiência única o que está acontecendo com a nossa modalidade hoje. No Maria Lenk e no Parque Radical de Deodoro conseguimos juntar tudo que precisamos para conseguir um desempenho melhor. Temos em Deodoro uma das melhores pistas do mundo, onde treinamos três horas por dia. E no Maria Lenk temos um espaço muito bom com todo o apoio para que a gente consiga se desenvolver e ajustar aqueles pontinhos que faltam para chegar a uma medalha”, elogiou Ana Sátila, que em 2017, na França, conquistou o vice-campeonato mundial no K1.

Após o treinamento, os canoístas voltam para casa, onde o almoço já está preparado por uma equipe de profissionais contratados para fornecer a alimentação balanceada dos atletas. No total, são dois apartamentos alugados pelo COB para abrigar os canoístas e seu treinador “Estamos usufruindo de uma grande estrutura e para o crescimento técnico dos atletas brasileiros isso é muito importante. Todos estão muito motivados com o que o COB e a CBCa proporcionaram. Os atletas sabem que isso é muito importante para o crescimento deles e estão muito felizes. Esse período no Rio de Janeiro está sendo muito benéfico para todos nós”, analisou o treinador Cássio Petry.

Após um pouco de vídeo game e de descanso, a tarde é destinada aos treinamentos físicos. E neste quesito, os atletas estão muito bem servidos. Uma caminhada de apenas cinco minutos os leva ao Parque Aquático Maria Lenk, onde funciona o Centro de Treinamento Time Brasil. A instalação administrada pelo COB desde 2008 abriga uma moderna sala de força e condicionamento, onde os atletas têm à disposição os melhores equipamentos da atualidade. Além disso, o local possibilita a convivência entre esportistas de diversas modalidades diferentes.

A possibilidade de treinar com antecedência no local onde será realizado o Campeonato Mundial pode ser um diferencial favorável ao Brasil. “Eu remo há 10 anos e isso nunca tinha acontecido na canoagem slalom. Poder treinar num local de competição antes do mundo inteiro é a primeira vez. Nem nos Jogos Olímpicos de 2016 isso aconteceu. Agora estamos em casa. O Rio de Janeiro é a nossa casa, estamos nos dedicando 100% pensando nesse mundial. A canoagem deu um passo enorme vindo para o Rio. Foi uma conquista gigantesca e vai ajudar muito no mundial”, acredita Ana Sátila.

Sexto colocado no K1 dos Jogos Rio 2016, melhor resultado do país na modalidade na história olímpica, Pepê Gonçalves acredita na evolução do desempenho a partir dos treinos no capital fluminense. “Treinar nesta pista nos coloca no mesmo nível dos europeus e nos dá essa vantagem, pois o inverno não é rigoroso e podemos ficar o ano inteiro. Temos condições perfeitas de treinamento para brigar de igual para igual.  Treinar na pista e conhecer cada detalhe é uma vantagem e aumenta nossas chances de conquistar uma medalha no mundial”, projeta o paulista de Ipauçu.

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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