Aos 28 anos, Pepê Gonçalves já é um dos maiores nomes da história da canoagem slalom brasileira. Natural de Piraju, no interior de São Paulo, o atleta do Time Dux Nutrition, já soma uma medalha de bronze mundial e duas participações em Jogos Olímpicos, tendo ficado em sexto lugar na Rio-2016.
Em Tóquio-2020, Pepê não alcançou o resultado que queria, ficando em 19º lugar e adiando a conquista do seu maior sonho atualmente: a medalha olímpica. Agora, começando o novo ciclo, esse é o grande foco do atleta, já de olho em Paris-2024. Mas enquanto esse sonho não se realiza, ele já tem uma conquista para lá de importante.
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“A grande conquista para mim… Não consigo nem colocar em palavras, não consigo imaginar a dimensão disso. É chegar numa padaria, ver uma criança vindo correndo tirar uma foto comigo, falar que quer ser igual o Pepê… É ver um melhor amigo meu, que teve filho há seis meses atrás, falar que o maior sonho dele é que o filho seja 10% do que eu sou. Cara, isso não tem preço e acho que essa é a grande conquista da minha vida”, contou emocionado.
Amor pelo esporte
O reconhecimento veio de toda a dedicação de Pepê Gonçalves à canoagem slalom desde pequeno para chegar onde chegou. E mesmo tendo alçado voos muito altos, ele jamais esquece suas raízes e sua trajetória. Porque mais do que um trabalho, é um estilo de vida.
“O ser humano não é nada sem as suas raízes. Esse lugar é onde eu volto todo ano para recompor minhas energias, um lugar que eu quero voltar sempre… Eu sou apaixonado por Piraju e aqui é realmente o meu diferencial. E acho que começou tudo como uma brincadeira. Eu vi ali um esporte, um estilo de vida, um contato mais direto com a natureza. Primeiro vem o amor pelo esporte, o encantamento pela modalidade e depois vem carga, treino forte, competitividade. Eu tive que abrir mão de muita coisa desde novo, é uma vida totalmente dedica ao esporte. E o que mais me deixa fascinado é eu, num dia de folga, escolher por conta própria ir até o rio e remar para curtir”.
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E é desse jeito que Pepê Gonçalves vai escrevendo seu nome na história da canoagem slalom brasileira. O ciclo agora é mais curto, mas ele vai com tudo em busca de seus sonhos. “Sou feito de vários pequenos sonhos. Mas acho que hoje o maior sonho é a medalha olímpica em Paris. E com ela poder ajudar meu esporte. Estou cortando mato e mostrando que é possível um atleta fora do continente europeu estar chegando, incomodando, batendo na trave, conquistando… Tem que estar disposto a pagar o preço por aquilo que você acredita e sonha. Então acho que a ferramenta esporte vai muito além da alta performance, das medalhas. Vai como um norte para o mundo como ele está hoje”.
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