Pepê Gonçalves, da canoagem slalom, está garantido nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que serão disputados em 2021. Focado em brigar por uma medalha na edição japonesa, o atleta passou por um trauma por não ter ido à Londres-2012, fator que o motivou para conquistar resultado histórico na Rio-2016. Além disso, ele sonha em competir no K1 Extremo, modalidade que pode ser inserida ao programa esportivo em Paris-2024.
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“Comecei na canoagem com 11 anos, em 2004, na época dos Jogos Olímpicos de Atenas. O início foi na canoagem de velocidade, mas logo depois me apaixonei pelo slalon. Hoje atuo no slalon e no K1 Extremo. Já tenho a vaga em Tóquio no slalon e estou focado treinando para chegar com tudo e brigar por uma medalha”, disse Pepê Gonçalves.
“Em 2024 pode entrar o K1 Extremo e sou número 1 do ranking. Por isso, não tem como dizer que não quero ir para Paris. Se fosse hoje eu seria o favorito. Ela ainda não está confirmada, mas tem muita chance. É uma disputa empolgante. É quase certeza que vai entrar”, acrescentou o atleta em live no instagram do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
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Pepê Gonçalves cumpre quarentena na cidade de Piraju, interior de São Paulo. Apesar do isolamento social por conta da pandemia de coronavírus, o canoísta está conseguindo treinar porque vai ao rio sem ter contato com ninguém, permitindo que se mantenha ativo também por ter uma academia em casa. Além de Tóquio, quer ir para Paris também.
O trauma que motivou o resultado olímpico histórico
Pepê Gonçalves ficou de fora dos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e a ausência deixou um trauma que motivou o atleta para ir aos Jogos Rio-2016 e conquistar o melhor resultado da história da modalidade. O canoísta chegou na final na canoagem slalon e ficou com a sexta posição.
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“Meu maior desafio foi superar o momento difícil e traumatizante de 2012, quando perdi a vaga olímpica para Londres por 0.13 centésimos de segundo. Imagina isso para um menino de 18 anos. Chorei na abertura da Olimpíada e por mais um mês. Demorei para assimilar. Tinha duas escolhas: seguir chorando ou levantar e sacudir a poeira”, contou o atleta
“Isso me motivou e na Rio-2016 me tornei o primeiro finalista olímpico da história da modalidade. Para mim foi como se fosse uma medalha de ouro. Eu era o único não europeu na final olímpica. Fiquei honrado e só consegui esse feito graças ao que aconteceu em 2012. Agora que já sei como é uma final olímpica eu quero a medalha em Tóquio”, afirmou Pepê.
Atletas que inspiram
Pepê Gonçalves conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019. Ele subiu ao topo do pódio na canoagem slalon e no K1 Extremo. Além disso, o atleta foi bronze no K1 Extremo no Mundial de 2019, em Praga, na República Tcheca, e tem em seu currículo dez títulos de campeão brasileiro. Vitorioso em sua modalidade, o esportista contou quais são os atletas que o inspiram.
“O César Cielo me motivou, em 2008, a ter essa luz dos Jogos Olímpicos acessa em mim. O segundo atleta que me inspira é o Fernando Fernandes, que é também um parceiro, amigo, e tem uma história de vida fantástica, se reinventa em todos os esportes. Tenho a honra de ter a amizade dele”, revelou.
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“Tem também o Michael Phelps, que é um monstro e me mostrou muita coisa. Já li o livro dele cinco vezes. Ele é sinistro. O Isaquias Queiroz me inspira por ter três medalhas olímpicas, o que não é para qualquer um. Por fim, o Henrique Avancini e a Ana Marcela Cunha, que já são campeões mundiais de suas modalidades”, concluiu Pepê Gonçalves.