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Canoagem Slalom

K1 ou C1? Ana Sátila revela se prefere o caiaque ou a canoa

Classificada para os Jogos Olímpicos de Tóquio nas duas modalidades, mineira da canoagem slalom revela sua preferência

Ana Sátila C1 K1 Canoagem Slalom
(Washington Alves/COB)

Aos 24 anos, a mineira Ana Sátila está completando o seu terceiro ciclo olímpico já classificada na canoagem slalom para Tóquio 2020 em duas provas, o caiaque individual (K1) e a canoa individual (C1), sabendo e o que pode fazer a diferença dessa vez na busca por uma medalha. Embora se dê bem nas duas modalidades, Ana não esconde a preferência por uma delas.

“Sempre gostei mais do K1, mas depois de alcançar um nível melhor na C1, passei a curtir um pouquinho mais. Amo as duas categorias. Já o K1 extremo, até hoje, só entrei no barco para competir, por não ser uma prova olímpica. Mas, se alguma coisa mudar, e a categoria se tornar olímpica, com certeza me dedicarei também,” revelou a atleta em entrevista ao Comitê Olímpico Brasileiro.

Uma das provas da habilidade de Ana Sátila tanto na canoa quanto no caiaque pode ser vista por meio de suas principais conquistas, listadas em ordem cronológica: ouro no C1 e prata no K1 no Jogos Pan-americanos Toronto 2015; bronze no C1 e prata no K1 Extremo no Mundial de Pau (França), em 2017, as primeiras do país em mundiais da canoagem slalom; ouro no K1 Extremo no Mundial do Rio, em 2018; ouro no C1 e no K1 Extremo no Pan de Lima em 2019.

Apesar de tantas conquistas, o primeiro grande título é o que não sai da memória de Ana Sátila: o Mundial Júnior de Penrith (Austrália), no K1, em 2014. “Tinha o apoio e a torcida de toda a equipe do Brasil, foi uma comemoração muito legal. Os meninos pularam na água, meu técnico estava muito feliz, era o início de uma geração muito especial de atletas brasileiros. Foi o momento mais especial da minha carreira esportiva,” relembrou.

Rio 2016 e o quase abandono da canoagem

Para chegar nesse título, o trabalho teve início três anos antes, em 2011, quando Ana Sátila começou a treinar com Ettore Ivaldi, treinador italiano contratado pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) para comandar a modalidade. Ele se tornaria um “segundo pai” para a jovem, se fazendo presente nos melhores momentos e também nos mais duros de sua carreira, como nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, quando Ana desabou ao sofrer uma penalidade na prova e ser eliminada ainda na primeira fase do K1, na 17ª posição.

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“Pensei em desistir da canoagem slalom após a minha desqualificação no Rio. Não queria mais saber do esporte. Não pela derrota em si, mas porque sabia que sem o resultado meu técnico iria embora. Não queria continuar sem ele e foi quando pensei em fazer faculdade de medicina e me tornar pediatra, outro sonho que tinha. Mas com o apoio do Ettore, consegui colocar a cabeça no lugar. Ainda tínhamos duas competições juntos e ele me fez ver que, mesmo longe, estaria sempre por perto”, relembra a canoísta.

Felizmente, a mineira seguiu no esporte e evoluiu muito, tanto no K1 quanto no C1. Hoje, há pouco mais de um ano dos Jogos Olímpicos, Ana Sátila não esconde a ansiedade para representar o Brasil no Japão, tanto na canoa quanto no caiaque.

Ana Sátila se divide entre K1 e C1 na preparação para Tóquio canoa caiaque canoagem slalom
Ana Sátila representará o Brasil em Tóquio na canoa e no caiaque (crédito: divulgação)

“Fico muito animada quando penso nos Jogos de Tóquio. Mal posso esperar para estar no Japão novamente e ter nova oportunidade de conquistar o meu sonho. Já me apaixonei completamente por Tóquio: comida, pessoas e ambiente. Quero muito voltar e representar o Brasil em uma competição tão importante,” concluiu Ana Sátila.

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