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Canoagem Slalom

Brasil sai do Mundial da Espanha com vagas para Tóquio

Depois de Ana Sátila no K1 feminino, foi a vez de Pedro Henrique Gonçalves garantir uma no K1 masculino. Brasileira vai competir também no C1

Ana Sátila na etapa de Praga da Copa do Mundo de Canoagem Slalom
International Canoe Federation/arquivo

O Brasil volta do Mundial de Canoagem Slalom, realizado em La Seu d’Urgell, com vagas para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Depois de quatro dias de provas, o saldo teve duas finais conquistadas por Ana Sátila, 10º lugar na canoa e 9º no caiaque, além da disputa de dois barcos na semifinal do K1 Masculino.

No início da manhã deste domingo (29), Ana Sátila disputou a final do C1 Feminino. Ela não fez uma boa descida, tocou em cinco balizas e ficou com o tempo de 115s16. Quem ficou com a medalha dourada na disputa foi a alemã Andrea Herzog. Jessica Fox, da Austrália, foi prata, e Nadine Weratschinig, da Austria, foi bronze.

Nas provas do K1 Masculino, Pedro Gonçalves foi o barco brasileiro mais rápido na semifinal com 90s37s, 24ª posição. Guilherme Rodrigues foi o 34º lugar com 102s13s. Os atletas não conseguiram passar para a final da categoria, que teve no pódio o checo Jiri Prskavec em primeiro lugar.

Vagas Olímpicas

Ana Sátila obteve índice para Tóquio 2020 tanto na disputa do C1 quanto do K1 Feminino. Ela precisava ficar, pela canoa, entre os 11 países mais bem colocados e ficou em 8º lugar. No caiaque garantiu a quarta posição entre as 18 primeiras nações que buscavam a vaga olímpica.

De acordo com as regras da Federação Internacional de Canoagem, o mesmo atleta não pode ficar com duas cotas, ou seja, ele tem que passar uma delas para outra nação. O Brasil optou pela vaga da canoa e liberou a do caiaque.

Ana Sátila teve um índice muito superior em relação às outras atletas do Brasil tanto no K1 quanto no C1. O seu percentual de diferença é maior do que o estipulado na circular para a seletiva nacional e também nas credenciais para que um atleta buscasse uma vaga continental. Sendo assim ela será a única atleta feminina da Canoagem Brasileira em Tóquio.

Como Ana Sátila será a única representante, ela pode competir nas duas categorias dos Jogos Olímpicos. Assim, ela pode disputar tanto no C1 quanto no K1. Caso o país tivesse mais uma atleta apta para a disputa e conquistado a vaga olímpica ela disputaria só em uma categoria.

“Essa regra também pode ser no gênero masculino. Se só ficarmos com a vaga no K1 o atleta poderá competir no C1 se quiser, caso o Brasil não garanta a vaga da canoa também”, comenta André Behs supervisor da modalidade.

O K1 Masculino também tem vaga garantida, Pedro Gonçalves ficou em 16º lugar, ou seja, dentro do ranking dos 18 países classificados para Tóquio. Ele obteve a vaga para o Brasil e agora participará da seletiva nacional que acontecerá no ano que vem no Rio de Janeiro, por ter garantido a vaga para o País. Ele tem uma boa vantagem a frente dos outros postulantes para ir aos Jogos, dos outros 100 pontos que pode conquistar, ele já tem agora uma vantagem de 25. As regras gerais podem ser acessadas aqui.

C1 Masculino vai buscar a vaga continental

Com três vagas das quatro vagas já garantidas para Tóquio, agora o foco é garantir mais um barco nos Jogos Olímpicos em 2020 pelo C1 Masculino nas vagas destinadas para os continentes. Será uma única vaga que terá uma boa briga entre Brasil, Argentina e Estados Unidos, os favoritos na disputa, o Canadá garantiu no Mundial sua vaga. O evento de seletiva pan-americana está previsto entre os dias 03 a 05 de abril de 2020 no Parque Radical de Deodoro no Rio de Janeiro.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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