A primeira medalha de ouro brasileira foi conquistada em 1920 por Guilherme Paraense, nos Jogos Olímpicos da Antuérpia. Mas a primeira vez que uma mulher brasileira subiu ao lugar mais alto do pódio em uma modalidade individual foi apenas em Pequim-2008. E a responsável por quebrar esse jejum de 88 anos foi Maurren Maggi, que se tornou a primeira mulher brasileira campeã olímpica individual.
A consagração de Maurren veio acompanhada de um gostinho ainda mais especial, espantando de vez os fantasmas que a assombraram nos anos anteriores.
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Nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, ela chegou como uma das favoritas ao ouro, com marca, até então, de 7,26 m, que a colocava no seleto grupo das atletas que passaram dos 7 metros. Entretanto, ainda nas eliminatórias, Maurren sofreu uma lesão muscular e terminou na 25ª colocação.
Três anos depois, veio o pior momento de sua carreira. Em 2003, às vésperas dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, Maurren Maggi foi flagrada no exame antidoping, após testar positivo para a substância clostebol, o que lhe tirou do Pan e de Atenas-2004.
A trajetória da consagração
Maurren acabou abandonando o atletismo e se mudou para Mônaco, onde teve sua primeira filha. E Sofia teve papel fundamental na virada que a vida da mãe tomou. Em 2006, Maurren retornou para São Paulo e também para as pistas, voltando a competir. Foi ouro no Pan de 2007 e chegou embalada em Pequim-2008.
Poucos dias antes da estreia do atletismo, a judoca Ketleyn Quadros se tornou a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha em modalidades individuais. E na sequência, no dia 22 de agosto, Maurren se juntou a ela no grupo das pioneiras.
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Saltando para a história
Nas eliminatórias, saltou 6,79 m, ficando na segunda colocação. Na final, com um salto de 7,04 m logo em sua primeira tentativa, Maurren Maggi superou em apenas um centímetro o salto da rival russa Tatiana Lebedeva, conquistou o ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, aos 32 anos, e quebrou três tabus.
Se tornou a primeira brasileira a subir no pódio olímpico em provas de atletismo e encerrou o jejum de ouros do país na modalidade desde a medalha dourada de Joaquim Cruz nos 800m em Los Angeles-1984. E claro, por fim, se tornou a primeira mulher brasileira campeã olímpica em esportes individuais.