8 5
Siga o OTD

Esportes de Gelo

Seleção júnior do Brasil disputa Mundial de Curling para crescer

Mundial Júnior B de Curling acontece entre 3 e 14 de janeiro na Finlândia e Brasil vai participar pela primeira vez na história

Curling do Brasil em Lausanne 2020
Curling do Brasil durante disputa dos Jogos da Juventude de Inverno de 2020 (Valter França/COB)

O curling brasileiro vai dar um importante passo a partir da segunda-feira, 3 de janeiro de 2022. A seleção júnior do Brasil vai disputar o Mundial Júnior B da modalidade com os times masculino e feminino. É a primeira vez da história que o país envia representantes para o torneio. A competição acontece em Lohja, na Finlândia, e termina no dia 14 de janeiro.

Em primeiro lugar acontece a disputa dos homens, com fase de grupos até dia 6 e eliminatórias nos dias 7 e 8. Em seguida, as mulheres estreiam no dia 10 e jogam a primeira etapa até dia 12, com a fase final nos dias 13 e 14. A competição serve de classificatória para o Mundial Júnior A, que reúne a elite do esporte. São três vagas para cada gênero.

“Esperamos ganhar experiência em competições internacionais e mostrar ao mundo que o curling brasileiro vem crescendo. Somos um time novo, queremos dar o nosso melhor e mostrar que temos muita garra”, comentou Isis Abreu, 17 anos e lead do time feminino.

Assim, o objetivo é justamente garantir maior vivência internacional a jovens jogadores brasileiros. Até o momento, a seleção júnior do Brasil no curling participou de apenas duas edições dos Jogos Olímpicos da Juventude de Inverno. Em 2016, na estreia, os atletas não conseguiram seguir no esporte. Em 2020, contudo, a história foi diferente.

Os quatro adolescentes que integraram o time misto serviram de base para as equipes masculina e feminina. Letícia Cid e Gabi Farias, por exemplo, são a skip e a terceira entre as mulheres, respectivamente; Vitor Melo é o skip entre os homens. Eles integram a nova geração de atletas do Curling brasileiro.

+ SIGA O OTD NO YOUTUBETWITTERINSTAGRAMTIK TOK E FACEBOOK

Seleção júnior do Brasil abre novos horizontes

Agora, com dois times formados, o futuro do Brasil no esporte é promissor. Um dos principais desafios do país no Curling era rejuvenescer suas equipes. Os atletas brasileiros começam tarde na modalidade, após se mudarem para o Canadá ou Europa. Assim, eles não conseguem acompanhar o desenvolvimento esperado para um competidor de alto rendimento.

Montar uma seleção júnior do Brasil é o primeiro passo para resolver essa questão. Primeiro porque isso representa uma meta importante para adolescentes que estejam iniciando a prática no Curling. De repente, eles podem participar de competições pelo Brasil, incluindo Jogos Olímpicos da Juventude.

Além disso, permite a criação de um calendário de jogos que colocam esses jovens não só em contato com a elite de sua faixa etária, como também os preparam para desafios futuros. Dessa forma, conseguem treinar de forma adequada e podem alcançar resultados bem melhores no cenário internacional.

Time masculino começa a caminhada

Seleção Júnior do Brasil masculina de curling
Equipe masculina júnior do Brasil (Instagram/BrazilianCurlingClub)

Os responsáveis pela estreia do Brasil no Mundial Júnior B serão os jovens do time masculino. Vitor Melo, 18 anos, é o skip. Nuno Rodrigues, 17, Kyron Suhan, 19, e Arthur Camelo, 18, completam o time. Em contrapartida, Michael Velve é o alternate e Márcio Rodrigues é o treinador. A estreia será contra a Eslovênia, às 4h (horário de Brasília).

A seleção júnior do Brasil sabe que a oportunidade é única para o esporte no país. “É uma honra fazer parte desse início e, junto com isso, vem uma grande responsabilidade que temos por representar nosso país da melhor forma possível nesse primeiro mundial. Apesar disso, estamos bem animados para que o campeonato comece”, explica Vitor Melo.

Vitor, aliás, pratica Curling desde os 12 anos influenciado por um amigo de seus pais – desde então, participa de ligas e campeonatos locais em Vancouver ao lado da mãe. Kyron e Nuno, por sua vez, receberam influência direta dos pais, também jogadores brasileiros. Arthur, por sua vez, conhecia o esporte pela televisão e descobriu existia um grupo de atleta do país em Vancouver.

Equipe feminina quer contribuir com crescimento

Seleção júnior do Brasil de Curling feminina
Ana Teodoro, Isis Abreu, Melissa Sampaio, Gabi Farias e Letícia Cid (Instagram/CurlingBrasilJr)

Logo depois, é a vez das jovens mulheres estrearem no Mundial Júnior B de Curling. Letícia Cid, 16 anos, é a skip e tem experiência de ter participado do Evento Classificatório ao Pré-Olímpico no time de Anne Shibuya. Gabi Rogic Farias, 17, Melissa Sampaio, 16, e Isis Abreu, 17, formam a equipe – Ana Teodoro é a alternate e Isis Oliveira a treinadora.

“Nosso objetivo é continuar jogando e ganhar mais experiência. Queremos mostrar aos jovens brasileiros e também aos adultos de todas as idades que o curling é um esporte maravilhoso e que todos deviam vir para o gelo”, afirma Isis, integrante da seleção júnior do Brasil que estreia contra a Noruega no dia 10 de janeiro, às 4h.

Letícia Cid conheceu o Curling em uma excursão da sua escola no Canadá e, desde então, participa de ligas no país norte-americano. Gabi Farias foi influenciada pela mãe e intensificou a prática após a experiência nos Jogos da Juventude de Inverno. Melissa também começou pela mãe, já Isis foi apresentada ao esporte em 2020 pelo namorado.

+ O BRASIL ZERO GRAU TAMBÉM ESTÁ NO TWITTER, NO FACEBOOK E NO INSTAGRAM! SIGA!

Como funciona o Mundial Júnior B de Curling?

A competição, por ser classificatória ao Mundial Júnior A, é aberta a todo membro filiado da Federação Mundial de Curling. Dessa forma, os times foram divididos em três grupos. Os dois primeiros de cada grupo e os dois melhores terceiros colocados avançam às quartas de final. Posteriormente, jogo único até a final, com disputa de bronze entre os perdedores da semifinal.

A seleção júnior do Brasil está no Grupo A em ambos os gêneros. Os homens vão enfrentar Eslovênia, Espanha, Dinamarca e Noruega – Hungria e Taiwan, que estavam inscritos, não devem competir mais. Já as mulheres jogarão contra Noruega, Eslovênia, Turquia, Itália e Áustria. Confira a tabela da primeira fase no horário de Brasília:

3/1 – 4h – Brasil x Eslovênia (masculino)

3/1 – 14h – Brasil x Espanha (masculino)

6/1 – 9h – Brasil x Dinamarca (masculino)

6/1 – 14h – Brasil x Noruega (masculino)

10/1 – 4h – Brasil x Noruega (feminino)

10/1 – 14h – Brasil x Eslovênia (feminino)

11/1 – 9h – Brasil x Áustria (feminino)

11/1 – 14h – Brasil x Itália (feminino)

12/1 – 9h – Brasil x Turquia (feminino)

Mais em Esportes de Gelo