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Pequim 2022

Evolução faz Nicole Silveira sonhar com Top 10 no Skeleton

Brasileira surpreendeu ao terminar na oitava posição em prova sancionada na pista olímpica e agora busca manter evolução no Skeleton

Nicole Silveira compete no Mundial de Skeleton
Evolução no Skeleton faz Nicole Silveira até sonhar com Top 10 na modalidade (Viesturs Lacis/IBSF)

Nicole Silveira tem apenas três temporadas completas no Skeleton, o que a faz ser uma das novatas no circuito internacional. Entretanto, o crescimento surpreendente já a coloca como uma das principais competidoras da modalidade – a ponto de sonhar até mesmo com um Top 10 em Copas do Mundo ou Jogos Olímpicos.

Esse é o objetivo que ela tentará mostrar a si mesmo e às outras atletas a partir deste domingo, 7 de novembro de 2021. A atleta da CBDG participa de sua primeira prova valendo pontos para o ranking internacional da modalidade na Copa América. Posteriormente, até terça-feira, dia 9, serão três corridas em Whistler, no Canadá.

“Se me perguntassem há três anos, o objetivo seria se classificar. Há dois, a esperança era top 20. No ano passado, o Top 18 foi visível. Hoje converso com meu treinador e um Top 10 é possível. Não diria que os resultados mudaram minha expectativa, mas aceleraram. Estou mais para frente do que esperava”, comentou Nicole ao Brasil Zero Grau e Olimpíada Todo Dia.  

Os resultados conquistados por Nicole no Skeleton falam por si. Em sua primeira competição no esporte, em novembro de 2018, ficou a mais de oito segundos da vencedora. Já no Mundial de 2021, realizado em fevereiro, não apenas foi a 17ª colocada (melhor resultado do Brasil na competição), como ficou a pouco mais de quatro segundos da medalhista de ouro.

“Nunca acreditei estar onde estou agora. Na verdade, nem as outras atletas e é legal vê-las respeitando meu desenvolvimento. Quando paro e penso em toda a jornada, parece ser tudo surreal e que estou sonhando”, complementa a brasileira.

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Desempenho na pista olímpica reforça confiança

Antes da disputa da Copa América, Nicole Silveira passou o mês de outubro na China, onde ela realizou treinamentos na pista que será utilizada nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022. Dessa forma, a grande maioria da elite do esporte esteve por lá e o desempenho obtido mostra que o sonho de um top 10 é viável.

Na corrida de Skeleton sancionada pela IBSF (que não conta pontos para o ranking internacional), a representante da CBDG conquistou a surpreendente oitava posição, menos de dois segundos atrás da alemã Tina Hermann. Ela ficou à frente, por exemplo, da britânica Laura Deas, bronze em PyeongChang-2018, e da austríaca Janine Flock, campeã do circuito da Copa do Mundo.

“Esse período na China foi incrível. Fiquei muito feliz com meu desenvolvimento como atleta. Realmente alcancei outro nível em termos de desempenho. Fiquei acima de algumas atletas medalhistas e isso me deixou confiante e animada para a temporada”, explica.

Nicole Silveira mostra evolução na caminhada pela vaga olímpica no skeleton
Nicole Silveira prepara seu trenó antes da Copa do Mundo de Skeleton em Innsbruck (Viesturs Lacis/IBSF)

Temporada de Skeleton começa na América do Norte

De novembro até 16 de janeiro de 2022, Nicole terá um calendário cheio de provas. Até o dia 14 de novembro, além das três provas da Copa América, ela vai participar de mais duas descidas na Copa Intercontinental em Whistler. Em seguida, vai para Park City, nos Estados Unidos, competir em mais quatro corridas entre 19 e 24 de novembro.

A partir daí, a brasileira se dedica quase que exclusivamente ao circuito da Copa do Mundo de Skeleton. Entre 3 e 17 de dezembro, participa de três provas em Altenberg e Winterberg, na Alemanha. No último dia do ano compete em Sigulda, na Letônia. Então, já em janeiro, faz duas descidas finais em Winterberg e, depois, em St. Moritz, na Suíça.

Se manter a evolução e os resultados conquistados, no fim de dezembro a atleta da CBDG já deve ter a pontuação necessária para garantir uma das 25 vagas disponíveis para os Jogos Olímpicos de Pequim. Contudo, isso depende da pontuação obtida pelas atletas – são levados em conta os sete melhores resultados da temporada.

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Skeleton feminino tem cinco vagas a mais para Pequim-2022

No intuito de estabelecer igualdade de gênero, o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Federação Internacional de Bobsled e Skeleton (IBSF) ampliaram o número de cotas para os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2022. Dessa forma, são 25 vagas disponíveis em vez das 20 disputadas até os Jogos de 2018, em PyeongChang.

Desse total, apenas dois países levam três atletas e quatro podem garantir duas competidoras – as onze vagas restantes são destinadas a onze nações diferentes. Por conta da pandemia de covid-19, a IBSF congelou o ranking internacional e não divulgou os pontos conquistados pelas atletas.

Na temporada retrasada (2019/2020), Nicole terminou na 39ª colocação e pegaria uma das vagas diretas aos Jogos Olímpicos de Inverno. Contudo, ela evoluiu bastante ao longo da última temporada e a vaga inédita para Pequim-2022 está realmente próxima de acontecer. Os nomes serão confirmados oficialmente em 16 de janeiro de 2022.

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