Uma modalidade de inverno do Brasil já iniciou a temporada mesmo com a pandemia de covid-19. Larissa Paes e João Victor da Silva, atletas da equipe nacional de patinação de velocidade participaram de corridas internacionais nos Estados Unidos e na Alemanha, onde eles estão treinando, respectivamente.
Larissa é a que participou de mais provas até o momento. Treinando no Oval Olímpico de Salt Lake City desde o início de outubro, ela já competiu em três eventos. O mais recente foi o Salty Cup, em 14 de novembro de 2020. A brasileira competiu nos 500 metros e alcançou a sétima posição, com 45seg02 – sua melhor marca da temporada.
No fim de outubro, Larissa competiu em quatro corridas na Corrida Internacional de Outono: 500, 1000, 1500 e 3000 metros. Também esteve presente na tomada oficial de tempos no local de treinamento, competindo nos 500 e 1000 metros. Com quase dois meses de treinamento, seu tempo já baixou sete décimos na prova mais rápida e dois segundos nos 1000 metros.
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João Victor da Silva, por sua vez, está na Max Aicher Arena em Inzell, na Alemanha. O local é um dos principais centros de patinação de velocidade em todo o mundo. Ele está participando de um período de treinamento e aguarda definição da federação internacional para saber quais provas disputará nos próximos meses.
A atividade também começou em outubro, mas o brasileiro, que mora com a família no Japão, precisou ficar duas semanas de quarentena após ser diagnosticado com covid-19. Felizmente, ele já está totalmente recuperado e pôde participar de sua primeira prova na temporada em 14 de novembro de 2020.
Presente na Copa Frillense, João participou dos 500 e dos 1000 metros. Na primeira ele foi o quarto colocado com 38seg34, pouco menos de dois segundos atrás do austríaco Ignaz Gschwentner, vencedor da disputa. Depois, na segunda corrida, alcançou a medalha de bronze com 1min15seg89 – Joel Dufter, da Alemanha, venceu com 1min09seg79.
CBDG possui projeto com ISU para patinação de velocidade
A patinação de velocidade foi o último esporte de inverno a ser desenvolvido pela CBDG. Em 2015, a entidade retomou a modalidade a partir de dois jovens atletas. Além de João Victor, a equipe contava com Gabriel Ohnmacht. Mas foi apenas em 2018 que o Brasil voltou a ter a licença da ISU para competir em provas oficiais, como o Mundial e a Copa do Mundo.
No ano seguinte, o país entrou no projeto de desenvolvimento da federação internacional que faz uma transição dos atletas de patinação de rodas para o gelo. Larissa Paes foi a primeira contemplada desse programa, participando regularmente desde 2019 das temporadas em Salt Lake City.
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Outros dois brasileiros também já iniciaram a migração para o inverno. Na temporada 2019/2020, antes da pandemia de covid-19, Enzo Nakazato participou de training camps ao lado de Larissa. Agora, é a vez de Eder Lopes Moraes realizar seus primeiros treinos no esporte de gelo.
Patinação de velocidade deu medalha à América do Sul em Lausanne-2020
A transição da patinação de velocidade em rodas para o gelo não é uma exclusividade do Brasil na América do Sul. Argentina, Chile e, principalmente, Colômbia também participam deste projeto da ISU. Este último país, inclusive, é quem mais se destaca nesta troca de modalidade.
Sempre favoritos nas competições de patinação em rodas, os colombianos estão conseguindo levar todo o sucesso do asfalto também no gelo. Além de já ter um número maior de competidores em provas internacionais, o país também consegue resultados bem melhores do que seus vizinhos sul-americanos.
O jovem Diego Amaya, por exemplo, conquistou a primeira medalha do continente em qualquer edição dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno. O atleta foi prata na prova de largada coletiva nos Jogos da Juventude em Lausanne-2020. Ele ainda conquistou dois quartos lugares nas provas de 500 e 1500 metros da patinação de velocidade.