Paris – Duas campeãs pan-americanas fizeram suas estreias nesta quinta, 1º, no Arena Paris Nord, casa do boxe olímpico. Caroline Almeida, a Carol Naka, e Barbara Santos, a Bynha, representaram o Brasil, mas ambas tiveram lutas duras contra favoritas, a cazaque Nazym Kyzaibay na categoria 50kg, e Nien Chin Chen, de Taiwan, nos 66kg, e foram derrotadas nos Jogos Olímpicos.
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A luta foi de domínio da cazaque. Nazym Kyzaibay deu ritmo intenso a luta, fazendo Carol manter distância, mas sem encaixar golpes limpos. Desse modo, a brasileira mudou estratégia, mas com pouco sucesso, levou apenas um juiz nas duas primeiras parciais. Assim, a cazaque seguiu controlando no último round, decretando a eliminação de Naka por 5 a 0.
Para Mateus Alves, Head Coach do Brasil, Carol enfrentou uma das atletas favoritas na categoria, que controlou a luta desde o início. “Ela é uma atleta já bem rodada, quatro vezes medalhista mundial, foi medalhista mundial em 2016, no mundial do Cazaquistão. A gente sabia que tecnicamente precisávamos ganhar o primeiro round. Pela estratégia da Carol, acertar esse golpe de longa distância, mas a casaque foi mais rápida, acertou os golpes bons. A Carol não conseguiu jogar o golpe de início de round, e aí depois teve que mudar o padrão de jogo dela e aí fica mais difícil”, analisou o treinador.
Naka também acredita que a luta foi decidida na primeira parcial, em que precisou mudar a estratégia, que não foi efetiva. “No primeiro round consegui conectar bem, mas já estava no final do tempo. Aí ela ganhou unânime e eu tive que mudar um pouco a estratégia, que não é a minha zona de conforto. Eu tentei entregar tudo. Eu lembro mais claro no terceiro round, que foi que foi quando eu troquei golpes, que eu fui para frente. Senti um pouco o cansaço, mas acredito que ela também. Mas ainda não sei o que aconteceu direito, eu não consegui ter uma análise clara porque eu não vi o vídeo da luta ainda”, explicou a pernambucana.
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Bynha cai para bimedalhista mundial
Depois de Carol, foi a vez de Barbara Santos fazer estreia contra Nien Chin Chen, medalhista mundial. A luta foi de bastante volume da taiwanesa, que aplicou golpes limpos em Bynha. Desse modo, os juízes viram a adversária melhor que a brasileira e a decisão unânime para Nien Chin Chen.
“Ela é uma atleta já de estar no circuito internacional há muito tempo, é medalhista mundial duas vezes. É um grande fenômeno do boxe mundial, em luta bem indiscutível, então realmente ela fez uma luta muito boa. Hoje a chinesa lutou muito mais, a gente achava que ela ia querer boxear mais para trás, e ela realmente lutou melhor do boxe que ela tem hoje. A Barbara lutou dentro do que ela conseguiria com a atleta, fez a sua parte, e agora é seguir trabalhando aí para os próximos eventos”, analisou Mateus.
Para Bynha, que já saiu da Equipe Olímpica Permanente por várias vezes e se firmou como titulo da categoria no ano passado, ter sido superada por Chen, mas dando o seu melhor, é motivo de orgulho. “Eu sinto que eu dei o meu melhor. E isso me deixa com o coração muito mais aliviado, saber que o resultado foi por puro mérito dela mesmo, né? Não fui eu que facilitei, não fui eu que me poupei, então isso pra mim é de extrema importância”, contou emocionada após o combate.
Keno vai pela medalha
Ainda nesta quinta-feira, 1º, o Brasil pode garantir segundo pódio no boxe. Após Beatriz Ferreira vencer holandesa nesta quarta, Keno Marley encara luta complicada contra uzbeque Lazizbek Mullojonov pelas quartas de final dos 92kg. Se vencer, Keno chega ao pódio em Paris, uma vez que no boxe olímpico não há disputas de bronze. O Brasil já garantiu medalha com semifinal de Beatriz Ferreira nos 60kg.