Beatriz Ferreira lutar pelo cinturão da Federação Internacional de Boxe (IBF) diante da argentina Yanina Del Carmen Lescano no próximo sábado, dia 27. Depois de ser bicampeã mundial e medalha de prata nos Jogos Olímpicos, a brasileira busca sua primeira conquista como profissional. A seu lado está o técnico Mateus Alves, que não só a acompanhou nos últimos oito anos, mas que foi fundamental para transformá-la em uma das melhores boxeadoras do planeta. Tudo começou com um encontro ocorrido em 2016. Foi lá que o treinador percebeu que tinha uma pedra preciosa em suas mãos e fez a pugilista acreditar no potencial que tinha. A revelação aconteceu na edição de estreia do Sem Limites, o talk show do Olimpíada Todo Dia.
“Teve uma possibilidade de fazer uma seletiva em São Paulo e, em troca, a gente treinaria na seleção com as meninas da seleção. E aí eu vi uma oportunidade. Quem não queria treinar com as meninas da seleção? Foi quando eu conheci o Mateus. Depois de um treino, ele chegou e perguntou quantas lutas eu tinha. Eu só tinha disputado um Campeonato Paulista, apenas quatro lutas. E ele falou: ‘Tem chance de você conseguir uma medalha num Campeonato Mundial, uma medalha olímpica. Só tem que treinar’. Cheguei em casa, falei: ‘C…., o treinador da seleção falou que eu tenho chance e eu acreditei! Ligou a chave ali”, conta Beatriz Ferreira.
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Visionário
Integrante da comissão técnica da seleção brasileira desde 2011, Mateus Alves também lembra muito bem de como aconteu seu primeiro encontro com Beatriz Ferreira. “Ela fez sparring contra a Taynna (Cardoso), que já era uma atleta renomada brasileira, e a Adriana Araújo, que era medalhista olímpica. Eu falei aquilo porque realmente eu vi uma atleta diferenciada. Ela apresentava um nível de competitividade contra atletas renomadas, que já tinham muito mais experiência. Então, pensei que se ela continuasse com toda a estrutura que íamos oferecer, o nível dela ia ser mais alto. E eu falei realmente abertamente para ela em 2016: você vai ser medalhista olímpica e mundial se continuar porque tem boxe para isso”.
Não demorou e a previsão de Mateus Alves mostrou-se absolutamente certa. “Em 2017, eu fui convocada já como titular da seleção brasileira. Na minha primeira competição, eu já consegui trazer o ouro. Na segunda, já fui campeã continental. E aí foi passo a passo, aprendi muito. Eu falo que a gente chega uma pedra na seleção e vai se tornando um diamante, sendo lapidado lá porque são treinadores diferentes e cada um vai te ajudando em uma coisa. E a gente realmente precisa desse suporte para conseguir se descobrir. E graças a Deus eu consegui me descobrir e o Mateus me apoiou o tempo todo, me ensinou muito. Ele me ensinou como atleta e como pessoa. Sou muito grata a ele”.
O próximo passo da parceria mais do que vitoriosa é conquistar o primeiro cinturão profissional. Depois, eles sonham com a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris para depois se concentrar no sonho de fazer de Beatriz Ferreira a campeã indiscutível de sua categoria.