Principal nome do boxe feminino do Brasil, Beatriz Ferreira ficou com a medalha de prata no Torneio Strandja, na Bulgária, e só foi derrotada pela experiente Mira Potkonen, de 37 anos, atual campeã europeia e bronze na Olimpíada do Rio de Janeiro
A pugilista Beatriz Ferreira provou mais uma vez nesta semana que está no nível das melhores boxeadoras do mundo na categoria até 60kg. No Torneio Strandja, em Sofia, na Bulgária, a brasileira enfrentou as duas medalhistas de bronze na Olimpíada do Rio de Janeiro: venceu a russa Anastasia Belyakova, mas perdeu para a finlandesa Mira Potkonen na disputa pelo ouro.
“O campeonato em si foi bom. Todas as lutas que eu fiz foram diferentes uma da outra, então eu tive que usar várias estratégias. Nos próximos, eu vou estar melhor e este é apenas o primeiro campeonato do ano. Estava desde novembro sem lutar e luta é assim, quanto mais você for lutando, melhor você vai ficando. Estou feliz com o campeonato que eu fiz. Estou satisfeita. Só não estou levando o outro para casa, mas a prata tem sabor de ouro porque teve a revanche com a russa e isso foi sensacional”, afirmou Beatriz Ferreira, se referindo à vitória por decisão unânime na semifinal contra Anastasia Belyakova, que a derrotou ano passado em um torneio em Moscou.
Mas, na final, contra a experiente finlandesa Mira Potkonen, Beatriz Ferreira não conseguiu se impor e acabou derrotada pela pugilista, que além do bronze olímpico no Rio, foi terceira colocada no Mundial de 2016 e é a atual campeã europeia.
“Ela conseguiu não deixar eu fazer o meu jogo. Ela conseguiu tirar a minha estratégia, mas isso é experiência. Ela já tem 37 anos, já participou de Olimpíada, tudo isso é um aprendizado que ela já tem e soube usar. Eu cheguei ontem, mas eu fui bem, a luta foi boa. E a experiência que ela tem hoje, eu vou adquirir com o tempo e aí a gente vai ver. Infelizmente eu não consegui ganhar. Ela usou a experiência que ela tem. Foi uma boa luta, tentei buscar até o final, mas bola para a frente”, analisou Beatriz Ferreira, de 25 anos, campeã pan-americana no ano passado e que já é considerada a principal esperança de medalha do boxe brasileiro para a Olimpíada de Tóquio em 2020.
“Esse é só o primeiro campeonato de muitos que virão e estou muito feliz com a minha colocação. Fiz quatro lutas diferentes e todas foram boas só que infelizmente não deu desta vez, mas o foco continua, vamos treinar. O foco é Tóquio e vamos chegar em Tóquio cortando todo mundo”, acredita a brasileira. Em 2018, a principal competição será o Mundial, em novembro.
Além da medalha de prata de Beatriz Ferreira, o Brasil subiu ao pódio com Abner Teixeira, que ficou com o bronze no Torneio Strandja. O fim de semana ainda rendeu duas medalhas de ouro para o boxe nacional no Torneio de Verão de Iquique, no Chile.