É final! Wanderley Pereira está na grande decisão da categoria até 75kg no Mundial de boxe masculino, em Tashkent, no Uzbequistão. O baiano garantiu sua classificação após fazer um grande combate contra o anfitrião Alokhon Abdullaev e vencer por decisão dividida, nesta sexta-feira (12). Wanderson de Oliveira (71kg) perdeu para o também uzbeque Saidjamshid Jafarov e ficou com o bronze.
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Holyfield, como Wanderley é conhecido, não foi bem nos primeiros instantes de luta contra Abdullaev, mas cresceu a partir da reta final do primeiro round. Na primeira parcial, o uzbeque venceu por 3:2, mas na segunda os papéis se inverteram e o brasileiro levou a melhor pelo mesmo placar. Assim, a decisão ficou aberta para o último round. No entanto, Wanderley foi dominante e os cinco juízes lhe deram a vitória, ganhando o combate por 4:1.
Natural de Conceição do Almeida, na Bahia, Wanderley Pereira tem 22 anos e participa de sua segunda edição de Campeonato Mundial de boxe na categoria elite. Ele conseguiu um grande feito ao passar por Abdullaev, tornando-se apenas o quarto brasileiro a chegar em uma final de Mundial masculino, após Everton Lopes (ouro em 2011), Robson Conceição (prata em 2013) e Keno Marley Machado (prata em 2021).
Buscando a segunda medalha de ouro do Brasil em Mundiais de boxe masculino, o baiano enfrentará agora o cubano Yoenli Martinez, que passou pelo francês Moreno Fendero na semifinal. De acordo com o cronograma divulgado pela organização, a decisão vai acontecer já neste sábado (13), por volta das 09h45 (horário de Brasília). O Canal Olímpico do Brasil transmite ao vivo.
Shuga é bronze
Além de Holyfield, o Brasil também contou com Wanderson de Oliveira (71kg) em ação nesta sexta-feira. Em uma semifinal parelha, o uzbeque Saidjamshid Jafarov levou a melhor por decisão dividida, com quatro árbitros lhe dando a vitória. Apesar da derrota, o carioca de 26 anos garantiu a medalha de bronze na competição, pois no boxe não há disputa de terceiro lugar.
Esta é a primeira medalha de Shuga em um Mundial, após ter batido na trave em 2019 e em 2021, nas duas últimas vezes em que participou do evento. Com as duas medalhas do Brasil em Tashkent, o país já iguala sua melhor campanha em uma única edição de Mundial. Assim, repete 2011 e 2013, quando chegou em uma final e levou um bronze (Everton Lopes ouro e Esquiva Falcão bronze em 2011; Robson Conceição prata e Everton Lopes bronze em 2013).