Com duas medalhas asseguradas em Istambul, o Brasil já tem sua melhor participação na história do Mundial de boxe feminino em questão de números. Caroline de Almeida (52kg) e Beatriz Ferreira (60kg) venceram três lutas na competição e estão nas semifinais de suas respectivas categorias, tendo, assim, no mínimo, dois bronzes garantidos. É a primeira vez que o país consegue levar duas atletas do pódio em uma mesma edição do torneio.
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Em 11 edições já realizadas na história, o país havia conquistado quatro medalhas, sendo dois ouros e dois bronzes. Todos esses pódios foram conquistados em anos diferentes. Os ouros vieram com Roseli Feitosa, em Barbados-2010, e com Beatriz Ferreira, em Ufa-2019. Já os bronzes foram conquistados por Ana Paula Santos, em Antalya-2002 e por Clécia Costa, em Jeju-2014.
Vale destacar que no boxe os Mundiais masculino e feminino não são disputados de forma conjunta. Assim, os resultados são computados de forma separada. Considerando apenas o torneio masculino, o Brasil já foi ao pódio duas vezes em uma mesma edição em duas oportunidades: em Baku-2011, com Everton Lopes (ouro) e Esquiva Falcão (bronze); e em Almaty-2013, com Robson Conceição (prata) e Everton Lopes (bronze).
Rumo à final
Mesmo com a medalha garantida, Beatriz Ferreira e Caroline Almeida lutam por um feito ainda maior, que é chegar na final do Mundial. Carol terá como adversária a indiana Nikhat Zareen, medalhista de bronze nos Jogos Asiáticos de 2019 e vencedora do tradicional Torneio de Strandja no começo do ano. Já Bia vai enfrentar a italiana Alessia Mesiano, campeã mundial em 2016 e bronze em 2019.
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Todas as lutas semifinais do Mundial de boxe feminino acontecerão nesta quarta-feira (18). Os confrontos com as brasileiras serão transmitidas no Canal Olímpico do Brasil. A luta de Carol acontecerá por volta das 09h, no horário de Brasília, enquanto Bia entrará em ação por volta das 13h30, também no horário de Brasília.
Quem são as adversárias
Esta já é uma conquista expressiva para Caroline Almeida, que tem 30 anos de idade. Logo em sua primeira participação em um Mundial adulto, já conseguiu uma medalha. As outras três atletas que sobraram na categoria são adversárias já experientes. Na semi, enfrentará a indiana Nikhat Zareen, que vive grande fase. Do outro lado da chave, a cazaque Zhaina Shekerbekova foi prata no Mundial de 2018, enquanto a tailandesa Jutamas Jitpong esteve em Tóquio-2020.
Beatriz Ferreira, por sua vez, defende seu título mundial, conquistado em 2019, naquela que foi a última edição do torneio antes da pandemia. Caso avance a final, terá um dia de descanso e voltará aos ringues na sexta-feira (20). Tendo também no currículo a medalha de prata conqusitada na Olimpíada de Tóquio, ela é a principal favorita ao ouro em sua categoria.
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Sua principal adversária talvez seja justamente a italiana Alessia Mesiano, que foi campeã mundial em 2016 e que Bia enfrentará na semifinal. Do outro lado da chave, a jovem Donjeta Sadiku, do Kosovo, vai enfrentar a norte-americana Rashida Ellis, atleta que Bia derrotou nas campanhas do título do Mundial de 2019 e dos Jogos Pan-Americanos de Lima.