Uma das medalhas mais emocionantes da história do esporte brasileiro em Jogos Olímpicos por pouco não aconteceu. Dono do ouro na categoria até 75kg do boxe olímpico em Tóquio, Hebert Conceição revelou que por pouco não viajou para a disputa olímpica na capital japonesa por conta de um problema na mão.
Segundo o pugilista, a lesão na mão, que o acompanha há algum tempo, dificultou e muito a sua preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio e colocou em cheque a sua participação no evento, que só foi possível após sofrer infiltrações no local.
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“Foi uma lesão que me atrapalhou muito durante o ciclo. A maioria das competições eu precisava desistir quando chegava na hora de decisão porque a minha mão estava bem ruim e não poderia correr o risco de piorar e precisar perder um longo período de treinos ou competições. Precisei tomar uma infiltração no dia que fui pra Tóquio. Tudo isso foi muito doloroso e tenho certeza que muita gente teria desistido durante este processo que precisei passar”, declarou o atleta durante uma live realizada numa parceria entre o Olimpíada Todo Dia e o Museu do futebol.
Mesmo passando os Jogos Olímpicos de forma brilhante ao conquistar a medalha de ouro com um nocaute arrasador no último round do confronto decisivo, Hebert Conceição revela que o problema na mão segue atrapalhando a sua performance. Por conta disso, o pugilista até precisou desistir de participar de eventos importantes da temporada, como o Mundial Militar e o Mundial Masculino de Boxe, que acontece a partir deste no domingo (24).
Decisão importante
A expectativa é de que este período sem disputas sirva para que Hebert consiga se recuperar de vez deste problema na mão e chegue num nível 100% para a temporada de 2022, que poderá ser um divisor de águas na carreira do atleta.
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Segundo Hebert Conceição, o final deste ano servirá ainda para que o pugilista decida se irá ou não se tornar um boxeador profissional, uma escolha que pode tirá-lo do ciclo olímpico visando Paris 2024.
“Minha cabeça hoje está em Paris. Mas há sim chances de me tornar profissional. O que vai pesar nessa decisão com certeza é a questão financeira. Eu não luto boxe apenas por dinheiro, mas sabemos que esta é uma coisa que pesa muito. Ainda não tenho nada decidido, sei que é uma decisão muito importante e por isso tenho que ter muito cuidado para fazê-la, mas acredito que até o final do ano esta decisão será tomada”, declarou.
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Vale dizer que o boxe olímpico traz diferenças significativas numa comparação com a modalidade profissional. Por mais que não exista mais uma proibição para que pugilistas profissionais participem dos eventos olímpicos, as grandes diferenças de competições, preparação e regras dificultam a vida do atleta que prefira seguir o caminho profissional.
