Abner Teixeira encerrou na manhã desta terça-feira sua participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O brasileiro da categoria peso pesado foi derrotado na semifinal pelo cubano Julio Cruz, campeão olímpico na Rio-2016 entre os meio-pesados. Apesar do revés, o paulista de Osasco fica com a medalha de bronze, já que que não há disputa de terceiro lugar na modalidade.
“É a realização de um sonho. Medalhista olímpico não é todo dia, né? Estou orgulhoso de mim mesmo, mas o trabalho continua. O Mateus (Alves, técnico da seleção brasileira de boxe) fala uma coisa que ficou marcado para mim. Ele falou que a gente não pode se deslumbrar na vitória e nem se perder com a derrota. Eu levo isso para mim sempre. Acabou o campeonato, ficou feliz, aproveito o momento. Eu vou aproveitar essa medalha, quando eu subir no pódio eu também vou aproveitar, mas depois, quando tocar no Brasil de novo, volto ao trabalho e vou focar no Mundial”, disse o medalhista de bronze, se referindo à competição marcada para o final de outubro em Belgrado, na Sérvia.
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Além de medalha de ouro 2016, o adversário de Abner Teixeira foi quatro vezes seguidas campeão mundial dos meio-pesados (2011, 2013, 2015 e 2017) e ficou em terceiro lugar em 2019. Em Tóquio, Andy Cruz subiu de categoria para lutar entre os pesados.
“É um cara que assisto há muito tempo, é campeão mundial desde 2011. Enfrentar ele foi muito legal, uma experiência incrível. Infelizmente acabei perdendo a luta, mas foi um sonho. Estava muito focado ali na luta e tentando ganhar em todos os momentos. Faltou um pouco de soltura, mas foi uma boa experiência. Acho que ele vai permanecer na categoria, então espero encontrá-lo mais vezes”, espera Abner Teixeira.
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No primeiro round, Abner Teixeira já sentiu a dificuldade que seria a luta. Apesar disso, fez o que pôde para manter o duelo equilibrado e conseguiu convencer um dos cinco jurados, que lhe apontou como vencedor. No segundo, o brasileiro melhorou e dois juízes lhe deram a vitória. No terceiro, conseguiu convencer apenas um e, no final, Andy Cruz foi declarado vencedor por quatro árbitros, enquanto apenas um achou Abner superior ao longo do combate.
Antes de enfrentar Andy Cruz, Abner Teixeira derrotou Cheavon Clarke, da Grã-Bretanha, nas oitavas de final e Hussein Iashiashi, da Jordânia, nas quartas, mas não conseguiu avançar à final. Além dele, outros dois brasileiros garantiram medalha em Tóquio: Beatriz Ferreira e Hebert Conceição. Os dois, no entanto, ainda vão disputar a semifinal.
“Estamos prontos para qualquer coisa. Temos campeã mundial (na equipe), cara desconhecido cheio de gana. Estamos preparados para qualquer coisa. O Brasil hoje é uma potência no boxe”, acredita Abner Teixeira.