Bastava uma vitória para Wanderson Oliveira se classificar para a semifinal e garantir a quarta medalha do boxe brasileiro nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Mas o lutador do Rio de Janeiro teve pela frente um adversário duríssimo, o cubano Andy Cruz, atual bicampeão mundial e dos Jogos Pan-Americanos, que acabou levando a melhor.
“É meio frustrante perder nas quartas de final a uma luta da medalha, né? Mas acredito que vai ser um dia de aprendizado para treinar mais e conquistar o objetivo. Parei nas quartas de final também no Mundial. Mas serve para dar força para mudar essa história”, disse Wanderson Oliveira depois da luta.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
Para chegar até as quartas de final, Wanderson Oliveira venceu duas lutas. Na estreia, derrotou Wessan Salamana, da equipe de refugiados, por decisão unânime e depois passou por Dzimitry Asanau, da Bielorrússia. Contra Andy Cruz, o carioca tentou tudo o que era possível, mas não conseguiu superar o rival.
“Estou muito orgulhoso de estar participando dos Jogos Olímpicos. Chegar aqui um atleta de onde eu vim é bem difícil”, acredita Wanderson Oliveira, que foi descoberto em um projeto social na favela da Maré no Rio de Janeiro.
No primeiro round, a disputa foi equilibrada, mas três árbitros deram a vitória para o cubano, enquanto dois viram o brasileiro melhor. No assalto seguinte, Cruz foi claramente melhor no começo, mas Wanderson Oliveira reagiu e conseguiu equilibrar a luta. No final, quatro jurados apontaram superioridade para o pugilista da América Central.
+ RECEBA NOTÍCIAS NO NOSSO CANAL NO TELEGRAM OU PARTICIPE DO NOSSO GRUPO DO WHATSAPP
No último round, o domínio de Andy Cruz foi mais evidente. O cubano conteve a reação do brasileiro acertando bons golpes e garantiu a vitória, no fim das contas, por decisão dividida. Dos cinco jurados, três deram 30 a 27 para o cubano, enquanto um viu uma vantagem menor de 29 a 28 e o outro apontou Wanderson Oliveira como vencedor por 29 a 28 também.
Com a eliminação de Wanderson Oliveira, o Brasil vai terminar Tóquio-2020 com o mesmo número de medalhas conquistadas em Londres-2012, uma prata com Esquiva Falcão, e dois bronzes com Adriana Araújo e Yamaguchi Falcão. Resta saber quais serão as cores delas agora em 2021. Classificados para a semifinal, Beatriz Ferreira, Abner Teixeira e Hebert Conceição ainda vão tentar uma vaga na final.
Abner Teixeira, inclusive, ainda luta nesta manhã! Ele terá pela frente o cubano Júlio Cruz às 6h50.
