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Tóquio 2020

Beatriz Ferreira esbanja confiança na medalha olímpica

Com 27 medalhas em 28 competições no ciclo olímpico, Beatriz Ferreira confia que conquistará seu lugar no pódio no Japão

“Eu sou a que mais acredita nisso”. Essa é a resposta de Beatriz Ferreira, a Bia, quando perguntada sobre o que ela pensa sobre a medalha olímpica. Atual campeã mundial de boxe e eleita a melhor atleta da planeta, a brasileira conversou com o Olimpíada Todo Dia em uma live e comentou sobre sua carreira e o que espera do futuro.

O retrospecto neste ciclo olímpico é impressionante. Desde 2017, quando virou titular de sua categoria na seleção brasileira, Beatriz Ferreira participou de 28 competições e conquistou 27 medalhas. Se levarmos em consideração os tipos de campeonatos, nacionais, continentais, torneios na Europa e Mundial, só falta uma medalha para o acervo da brasileira, a olímpica.

Pelo que vem apresentando nos últimos três anos, Bia deixou de ser uma atleta comum, virou uma esperança, virou realidade e desde o ano passado, quando venceu o mundial, passou a ter uma cobrança para a conquista de uma medalha. Sabendo da responsabilidade, Beatriz Ferreira tenta ver o copo meio cheio diante da situação.

“Eu sou a que mais quero isso, a que mais acredita que sou capaz. Todos são assim, todas treinam muito, mas eu sou a que mais acredita. É muito bom sentir essa força, saber que as pessoas acreditam em mim, que estão torcendo por mim, motiva muito”.

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Agora em 2021, Bia vai para sua primeira Olimpíada, aos 28 anos. Apesar de estar no primeiro ciclo como titular da equipe, a atleta sabe que poderia ter ido antes. “Eu demorei para decidir seguir no boxe. Fiz isso com 17, 18 anos, quando decidi ir morar com meu pai, se tivesse feito isso antes poderia ter estado em 2016. Mas as coisas acontecem por um motivo e eu tento aprender o máximo com isso”.

Mas engana-se quem pensa que a chance de medalha do Brasil no boxe no Japão se limita a Beatriz Ferreira. No mundial em que Bia foi ouro, Hebert Conceição ficou com a medalha de bronze. Nos Jogos Pan-Americanos de Lima, a equipe brasileira saiu com seis medalhas.

Sobre os colegas de seleção nas Olimpíadas, Beatriz Ferreira é direta. “A nossa equipe vai surpreender. É uma equipe inexperiente, mas muito focada e determinada. Somos jovens, a maioria está no primeiro ciclo, mas acredito que podemos conquistar pelo menos três medalhas em Tóquio”.

“Casamento” perfeito

Curiosamente, quando Beatriz Ferreira virou a titular de sua categoria na Seleção, o técnico da equipe nacional mudou. Mateus Alves, que já fazia parte da comissão técnica, assumiu a função principal e o casamento aconteceu com a pugilista.

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TBT da época que nós éramos fitness… brincadeira 😛. Estava na minha primeira 🇧🇷competição internacional, que foi em Abril de 2017, no começo do Ciclo Olímpico para Tokyo 2020! Seguimos na luta! 🥊

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“Eu conheci o Mateus em 2016, já na seleção. Eu fazia o sparring da Adriana Araujo na época e a gente conversou um pouco. Desde esse momento ele sempre acreditou, falou que eu tinha potencial e boxe pra ser campeã mundial e medalhista olímpica. Ele é muito inteligente, pensa como um atleta e isso ajuda muito. Ter essa relação, quando casa assim, é difícil de derrubar a gente”.

Beatriz Ferreira profissional?

O boxe olímpico não é profissional. Diferente das outras modalidades, como vôlei, handebol, atletismo e outras, a modalidade de Beatriz Ferreira é considerada amadora e possui algumas diferenças, como o uso de capacetes de proteção no feminino.

Apesar disso, por conta de tudo que conquistou nos últimos anos, o nome de Bia Ferreira passou a ser ventilado no boxe profissional. Depois de evitar falar disso por muito tempo, a atleta admitiu a vontade de tentar sucesso nesse patamar de seu esporte, após a conquista da medalha olímpica.

“Penso sim. Quem sabe para sentir a adrenalina de estar lá, todos falam que eu tenho o estilo do profissional. Mas sou apaixonada pelo boxe olímpico, gosto muito desse ambiente de Seleção. Vamos ver, mas quem sabe um dia não luto no profissional”. finalizou a atleta.

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