Das três brasileiras que começaram a disputa do Mundial de boxe feminino, duas já estão eliminadas. A primeira a ser derrotada foi Jucielen Romeu, que, na quinta-feira, perdeu para a filipina Nesthy Petecio em decisão dividida dos árbitros por 3 a 2. Já na madrugada desta terça-feira, Grazieli de Jesus, que havia vencido a suíça Eliana Pileggi por decisão unânime na estreia, foi derrotada pela russa Liliya Aetbaeva por 4 a 1 e deixou a competição nas oitavas de final da categoria até 51kg. Agora, Beatriz Ferreira, que nocauteou Keamogetse Kenosi, de Botsuana, na primeira rodada, passa a ser a única atleta do país no campeonato e volta a lutar nesta quarta-feira na tentativa de conseguir uma vaga na quartas de final.
Na luta desta terça-feira, Grazieli de Jesus teve pela frente uma atleta da casa e teve muitas dificuldades para segurar os golpes de Liliya Aetbaeva, que foi melhor no primeiro round. Aos poucos, no entanto, a brasileira equilibrou a luta e levou vantagem em alguns momentos no segundo assalto. O terceiro foi o período mais equilibrado da disputa, mas ao final do combate quatro juízes deram a vitória para a russa e apenas um achou que a vantagem foi de Grazi.
Aos 28 anos, Grazieli de Jesus disputou o quinto Mundial de sua carreira e tinha a expectativa de brigar por uma medalha. Ano passado, ela chegou perto do pódio e acabou eliminada nas quartas de final. Em 2019, no entanto, ela não conseguiu passar das oitavas.
Agora, a esperança de medalha para o Brasil recai apenas nos ombros de Beatriz Ferreira, que já era a maior aposta da comissão técnica do país. Para continuar sonhando com a medalha, a brasileira terá pela frente nesta quarta-feira a venezuelana Omailyn Alcalá, que surpreendeu na estreia ao derrotar Shoira Zulkaynarova, do Tadjiquistão, por 3 a 2 na decisão dividida dos árbitros.