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Boxe

Resistindo a tudo, Jucielen Romeu quer medalha no Mundial

Em seu primeiro mundial na categoria até 57kg, a boxeadora espera conseguir sua primeira medalha

Jonne Roriz/COB

“Eu sigo resistindo”. Aos 23 anos e prestes a disputar o segundo mundial de boxe de sua carreira, Jucielen Romeu é direta ao se definir. Com origem humilde na periferia de Rio Claro, a boxeadora, que conquistou a medalha de prata em Lima 2019, estreia na competição na manhã desta quinta-feira (03), contra Nesthy Petecio, das Filipinas, em Ulan-Ude, na Rússia.

O ano de 2019 tem sido um divisor de águas na carreira de Jucielen Romeu. A atleta, que havia passado a maior parte da trajetória lutando na categoria até 51kg, subiu para a 54kg para os Jogos Pan-Americanos de Lima. Contudo, esse não será o peso que a atleta vai lutar na Rússia.

“No Mundial, eu vou lutar na categoria até 57kg. Essa categoria é olímpica. Então, a competição vai ser uma espécie de treino para Tóquio 2020. Apesar de não ser a mesma que eu lutei ano passado, espero conseguiu manter meu resultado (em 2018 a atleta foi top 8), mas sonho com a medalha”, comentou Jucielen, em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia.

Jonne Roriz/COB

A timidez some no ringue

Quem vê as entrevistas de Jucielen Romeu se depara com uma atleta bem tímida. Falando somente o que é necessário, a boxeadora dificilmente abre um sorriso e sempre se mostra concentrada, séria. “Sou uma menina tímida, dedicada, que sabe o que quer e corre atrás. Não desisto fácil das coisas que quero. Resisto e supero todos os obstáculos que aparecem”, disse Juci.

Jonne Roriz/COB

Em ação, essa timidez desaparece. Dentro do ringue, Jucielen Romeu se transforma em uma atleta que sabe o que está fazendo e não se intimida: “No ringue eu consigo fazer o meu estilo mais técnico, mais bonito de se ver, conseguindo, com isso, elogios das pessoas que me acompanham”.

Dessa maneira, Jucielen quer alcançar os objetivos e sonhos: “Espero conseguir seguir na modalidade e assim disputar vários campeonatos, como o Mundial e a Olimpíada. Sei que não vou lutar durante a vida toda, mas quero passar tudo que eu sei para as pessoas, sempre vou estar ligada ao boxe”, finalizou.

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