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Blog da Lyanne Kosaka

Mundial por equipes e “perguntas que não querem calar” (parte 2)

No Mundial em Busan-2024, a Romênia quer melhorar as oitavas de final de dois anos atrás (foto: WTT)

O Mundial de Tênis de Mesa por Equipes (16 a 25 de fevereiro em Busan, Coreia do Sul) está chegando e a WTT lançou algumas questões interessantes acerca do evento. A primeira parte foi publicada há alguns dias; traduzo e comento a segunda parte abaixo:

Há algum novo desafiante no pedaço?

Muita coisa aconteceu nos últimos dois anos, ou seja, com o surgimento de jovens talentos. Assim, há chance de vermos novos concorrentes às medalhas no Mundial em Busan-2024.

Com a frustrante eliminação nas oitavas em Chengdu-2022, a pentacampeã Romênia está determinada a fazer uma campanha melhor no feminino. Ao mesmo tempo, há potencial de crescimento dos times de Brasil, Índia e Egito. Em 2023 a romena Bernadette Szocs teve grandes resultados, como os 2 ouros (equipe e simples) nos Jogos Europeus realizados na Polônia. E Bruna Takahashi não ficou atrás, com a bela campanha nos Jogos Pan-Americanos em Santiago-2023 e o recém-conquistado título na Copa Latina. Em Busan-2024, Bruna terá como companheiras sua irmã Giulia Takahashi e Bruna Alexandre.

Já no masculino, o Brasil não contará desta vez com Hugo Calderano. Da equipe que disputou o Mundial em Chengdu-2022 e terminou entre os 16, estará em Busan-2024 apenas Vitor Ishiy. Guilherme Teodoro e Carlos Ishida completam o time.

Índia e Egito também têm mesa-tenistas de destaque no circuito, ou seja: os indianos Manika Batra (37ª do ranking) e Harmeet Desai (68º); e os egípcios Hana Goda (30ª) e Omar Assar (20º).

Enquanto isso, há uma grande expectativa em torno da França e da Suécia no masculino, com ambos times buscando melhorar as quartas de final de dois anos atrás. Se por um lado a França tem os irmãos Alexis e Felix Lebrun em plena ascensão, a Suécia tem a tradição de títulos em Mundiais. E ainda vem embalada pela conquista do título por equipes no Campeonato Europeu no ano passado.

Veremos mais zebras na fase de grupo no Mundial em Busan-2024?

Antes das conversas sobre medalhas começarem oficialmente, temos a fase grupos. E se o que aconteceu em Chengdu-2022 é para ser levado em conta, podemos esperar um começo emocionante em Busan. No masculino, a eliminação precoce da China Taipei foi a “zebra” dos grupos há dois anos. Isto é, os taiwaneses ficaram em último no Grupo 7 com três derrotas. Já no feminino, Suécia e Estados Unidos não avançaram à chave principal.

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A fase de grupos também é uma oportunidade para atuações inspiradoras, como a da equipe feminina da Malásia. Ao ganhar dois dos seus quatro jogos, as equipe chegou em Chengdu-2022 perto do mata-mata. No Mundial em Busan-2024, serão 40 times em cada naipe divididos em 8 grupos; avançam os 2 primeiros. A fase de grupos costuma ter “zebras” pois há encontros que não acontecem com muita frequência. Assim, um mesa-tenista menos conhecido, jogando “solto” (sem muita pressão) pode surpreender um top player que desconheça e estranhe o seu jogo.

Será que algum time conseguirá frear a sequência de conquistas da China?

Tendo ampliado o seu recorde de títulos em Chengdu-2022, novamente a China é o país ser batido no caminho para a conquista das Copas Swaythling e Corbillon.

A China ganhou ambos os troféus 22 vezes, mais que qualquer outro país na história da competição. A força asiática brigará pelo 6º troféu consecutivo por equipes no feminino, e pelo 11º título seguido no masculino.

Se alguma equipe pode desbancar a China no Mundial em Busan-2024? Acho difícil, pois ainda que algum mesa-tenista faça dois pontos sobre os chineses (como fez Tomokazu Harimoto em 2022 e como pode fazer Hina Hayata neste ano), o conjunto chinês é muito forte. Prova disso é que a China está levando para Busan-2024 os mesmos atletas que triunfaram em Chengdu-2022, e que seguem dominando os rankings mundiais.

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